sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Eliane Cantanhêde - Uma eleição, muitas emoções

O Estado de S. Paulo

Sustos, surpresas e curiosidades até a reta final numa eleição que favorece a direita

A eleição de 2024 é uma das mais eletrizantes, e não mais pela insistência do empate triplo em São Paulo, mas também pela reviravolta em Belo Horizonte e as surpresas no Rio na última hora. Os partidos da direita e do Centrão parecem levar a melhor, a esquerda patina e o PT, particularmente, não está bem na foto.

Dos 5.569 municípios, 103 têm mais de 200 mil habitantes, entre eles, 26 capitais. Na grande maioria, as eleições se encerram no primeiro turno deste domingo, mas nessas 103 há possibilidade de segundo turno, caso nenhum candidato obtenha 50% ou mais dos votos válidos, excluídos os nulos e brancos.

Nesses 103, o partido com mais chances de vitória, segundo o site Poder 360, é o PL, que lidera em 18, e depois vêm: União Brasil em 17, e PSD, MDB, PP e Republicanos, todos da centro-direita à direita. O primeiro de esquerda a surgir é o PT, empatado em 6.° lugar com o Republicanos, com chances em 11.

Tanto o pequeno PSOL quanto o inexplicável PTRB estão fora de todas, exceto justamente de São Paulo, e concorrendo um contra o outro no primeiro turno, sabe-se lá se também no segundo. Ainda não dá para dizer. Pela Quaest, há possibilidade maior de vitória em primeiro turno em nove das 26 capitais:

Maceió, com JHC (PL); Salvador, Bruno Reis (UB); São Luís, Eduardo Braide (PSD); Recife, João Campos (PSB); Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos); Macapá, Dr. Furlan

(MDB); Porto Velho, Mariana Carvalho (UB); Boa Vista, Arthur Henrique (MDB); e, até ontem, Rio, com Eduardo Paes (PSD).

A diferença entre Paes e Alexandre Ramagem (PL) é de 54% a 22% pelo Datafolha, mas pode não ser suficiente para fechar o pleito em primeiro turno. Na reta final, pesam fatores como voto útil, abstenção e troca de candidato, com diferenças entre pesquisas e votos. Paes atravessou a campanha na liderança e chega à hora H com uma interrogação no ar, reforçada pela derrota para o aventureiro Wilson Witzel aos 48 do segundo tempo em 2018.

Curiosidades: a única mulher com chance de vitória já no domingo nas cidades mais populosas é Mariana Carvalho, em Porto Velho; a única capital onde PT e PL estão na dianteira, cara a cara, é Fortaleza; após meses com Mauro Tramonte (Republicanos) disparado na frente, Belo Horizonte chega ao fim com três candidatos embolados. Por fim, João Campos, candidato à reeleição no Recife, é forte candidato a campeão de votos da eleição em todo o País. Haja coração!

 

Um comentário:

  1. Ninguém vota em partido quando a eleição é municipal,quer dizer,quase ninguém.

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