Folha de S. Paulo
Prefeitura e concessionária não têm plano
detalhado para a poda de árvores
A cidade de São Paulo não está preparada para
eventos climáticos extremos devido à inépcia de seus governantes e da
concessionária Enel.
Os primeiros pensam que basta vestir colete da Defesa Civil para serem levados
a sério; os segundos, que são imunes a consequências jurídicas sobre seus atos
e omissões.
Já deveria estar claro a todos que reclamar
que a prefeitura e a Enel não têm um plano claro para mitigar e adaptar os
efeitos da crise climática não é papo furado de quem ama abraçar árvores. Um
plano é o mínimo que se espera de quem governa a maior cidade do país.
Falando em árvore, a Folha noticiou a partir de dados oficiais que a Enel podou apenas 1% do que era previsto para 2024 (deveriam ser podadas 240,4 mil árvores; foram 1.730).
Ricardo Nunes e a Enel não têm um plano
detalhado para a poda de árvores em contato com a rede elétrica. Não basta
dizer que há podas. É preciso detalhar quais árvores ameaçam a rede e quais são
os critérios de vulnerabilidade climática e de apagão usados para escolher onde
e quando podar.
Em ano eleitoral, Nunes pode se ver dando
murro em ponta de faca ao insistir no embate com a Enel como forma de se
mostrar ativo na solução, quando na verdade isso apenas mostra que ele não
possui solução.
Não é só a prefeitura e a Enel que erram. A
omissão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o embate desta com o
ministro de Minas e Energia tampouco ajudam a mostrar que os governos federal,
estadual e municipal estão, diante de suas divergências políticas, dispostos a
trabalhar em conjunto para resolver a questão. Apenas nesta quarta-feira (16) a
Aneel foi provocada pelo Tribunal de Contas da União a compartilhar informações
com os governos locais sobre o apagão, o que deveria ter sido a medida número
um.
Omissão climática custa, e a conta, como a de luz, está cada vez mais cara. Na
data em que escrevo esta coluna (quarta-feira, 16), 74 mil imóveis ainda estão
sem energia elétrica em São Paulo, depois de cinco dias de apagão com um
temporal de rajadas de vento de até 107 km/h.
Aos políticos deveria custar a eleição; às
empresas deveria custar o contrato de concessão.
Ainda tem iludidos que acham que Guilherme Boulos vai vencer....
ResponderExcluirUma outra possibilidade é que Ricardo Nunes perca... Com os desastres do último temporal e uma campanha fraca, não é tão difícil o incompetente perder depois de ter vencido o primeiro turno.
ResponderExcluirO negão é militante de Boulos... Grande parte da FSP é. MAM
ResponderExcluir