Folha de S. Paulo
Mais do que rever nomes, deve haver revisão
de alianças e até de relação com Lula 3
Acreditar que Jair
Bolsonaro pudesse ser candidato a presidente da República em
2026 era risco óbvio para quem aderisse à ideia, na prática. Mas também era ou
talvez ainda seja um projeto. O plano unia a extrema direita no Congresso e nas
redes a partes dos centrões e direitões na Câmara e no Senado.
A convergência de propósitos criava alguns empecilhos para outras candidaturas a presidente em 2026, a começar por limitar adesões imediatas, um início de discussão de acordos e testes mais sérios de nomes. Talvez fosse impedimento temporário, mas impedimento havia.
Bolsonaro está no caminho da porta da cadeia,
assim como duas dúzias de militares. Note-se, de
passagem, que, entre os 37 indiciados, há cinco oficiais-generais de quatro
estrelas e pelo menos 13 coronéis e tenentes-coronéis. Era um golpe
militar, de militares marginais como Bolsonaro, do qual se aproveitariam os
civis espertos de sempre. Passemos.
Falta muito até que tranquem Bolsonaro, se
for essa a decisão, se não houver uma anistia informal (em vez de cadeia, pena
alternativa). Mas ele não vai escapar de ser ao menos denunciado, processado e
julgado. Vai ocupar o tempo da política. A convergência golpista, de
bolsonaristas à direita anistiadora, vai ter de pensar na vida. Não se trata
apenas de achar candidato. Mas de reconfigurar o projeto e suas lideranças.
Por ora, o pessoal está quieto e conversando
em grupinho. Além do mais, estavam preocupados com o seu ganha-pão, as emendas
parlamentares.
O fim de ano será movimentado: votação do
Orçamento, o plano fiscal de Fernando
Haddad, articulação final e distribuição do butim da eleição do
comando de Câmara e Senado etc. A atitude da turma nessas votações pode indicar
reconfiguração de conversas e amizades.
Os agregados menos extremistas do bloco, que
inclui o PP, podem pensar em alianças mais seguras. Os partidos do centrão que
mantém um pé e o coração na direita e uma mão no governo podem pensar até em
mais demonstrações (rendosas) de simpatia por Lula.
Essa é a hipótese racional. Sempre se pode pensar em um contra-ataque suicida.
Não parece provável.
Valdemar
Costa Neto, presidente ou CEO do PL de Jair Bolsonaro
e grande abrigo da extrema direita, pode pegar sua segunda temporada de cadeia.
Se inabilitado ao menos por risco de falta de futuro, haverá problemas para a
definição de rumos também do PL. Que é primo-irmão do PP. Os dois partidos
governavam o semipresidencialismo de avacalhação que foi o governo das trevas
(2019-2022).
O pessoal no mínimo vai ficar distraído e
pensar no futuro. Haverá incerteza e risco maior —maior probabilidade de
perdas, portanto. O governo Lula poderia pensar no assunto. Parece óbvio, mas,
francamente, não se vê o governo reagir a certas obviedades desde que tomou
posse (como o Congresso mais direitista, em números e ideias, de que se tem
memória). Deve aumentar o número de parlamentares propensos a mudar de barco, a
serem mais simpáticos com o governo.
Por ora, muita gente do centrão-direita não
quer lançar Tarcísio de
Freitas (Republicanos) nessa eleição, a não ser em caso de
naufrágio de Lula, uma hipótese muito arriscada até para a direita odienta. Mas
não há ânimos maiores pelos outros nomes, que precisariam ser de alguma maneira
referendados, jogados na praça, testados. Dá trabalho, é risco.
Tarcísio tomou chá de sumiço.
ResponderExcluirE Bolsonaro DENTRO da cadeia... Com toda a Direita ali fora, na porta da cadeia querendo visitar o PRISIONEIRO... kkkkkkk
ResponderExcluirToda empolgação uma verdadeira histeria dos jornalistas nas redações de jornais do consórcio militante , por causada por uma manobra criada e executada pelo governo para tirar Bolsonaro do páreo , ficaram com medo do efeito Trump
ResponderExcluirEles não sabem mas isso tudo é fumaça Para encobrir uma situação de desespero que eles se encontram ,o governo já percebeu que o que o espera de é muito forte e radical , além do que eles possam prever e imaginar aguardem e se preparem !!
Esse consórcio de imprensa fazendo papel de pau-mandado desse governo corrupto com STF comandado pelo Moraes ,e ter Bolsonaro e algum generais de refém pra negociar com o Trump, pra porrada ser mais leve
ResponderExcluirNos não temos ideia do que será o mundo novo com Trump e Musk!
ResponderExcluirSe preparem!
Você já ouviu falar no último baile da República na ilha da Alfândega, em que a família real se despede do Brasil melancólica mente pelas portas do fundo?
ResponderExcluirAssim o último baile de vocês nesses dois meses antes da posse do Trump
A esquerda e ogoverno estão alucinados, festejando com grana pública, se despedindo dessa era de ouro da putaria