Folha de S. Paulo
Prefeituras e governos estaduais no Brasil
devem imediatamente suspender a compra de armamentos de Israel
O genocídio israelense em Gaza continua porque é lucrativo. A princípio, a afirmação pode soar contraintuitiva: como pode ser lucrativo explodir 120 civis atacando escolas usadas como abrigos, ou matar 93 palestinos em centros de ajuda humanitária, ou usar a fome como tática de guerra, como Israel fez na última segunda-feira (21) ao atacar armazéns da OMS (Organização Mundial da Saúde)? Genocídio palestino é lucrativo, porque a economia israelense —em particular os setores militar, tecnológico, financeiro e fundiário— está atrelada umbilicalmente à máquina de moer carne palestina.
Os vídeos feitos por inteligência artificial
em que Gaza se tornaria a "Riviera do Oriente Médio"
nada mais são do que a versão TikTok das rádios ruandenses em que inimigos eram
retratados como baratas: neles palestinos mortos ou deslocados dão lugar a uma
distopia turística em que crianças palestinas são substituídas por
cosmopolitans à beira de uma piscina de sangue. Albanese revela como Hyundai e
Volvo fornecem o maquinário para demolições e como Booking e Airbnb listam
propriedades em territórios ocupados. Empresas dos setores agro e financeiro
também são listadas.
Brasil deve imediatamente suspender a venda de petróleo a Israel, fomos em 2024
o quarto maior fornecedor de petróleo cru a Israel. Prefeituras e governos
estaduais no Brasil devem imediatamente suspender a compra de armamentos de
Israel: parte do genocídio negro na Bahia é feito com 200 fuzis que a PM comprou
dos israelenses. Não basta dizer que é genocídio, deve-se cortar o lucro que o
genocídio gera.
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