Justiça não aceita “off”
Minha colega de profissão, Malu Gaspar, tem
todo o direito de afirmar, sem provas, que nas conversas entre o Juíz Alexandre
de Moraes e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, houve menção ao
Banco Master. O “off” é permitido nas regras do Jornalismo. Os jornalistas são
protegidos pelo “segredo da fonte”.
Para a Justiça, no entanto, as regras são
outras. Não há “off”, nem “segredo da fonte”. Se Malu, uma hipótese, disser a
um juíz que “uma fonte” lhe passou essa informação, ele vai perguntar,
primeiramente: quem foi? Mas não só isso. Para a Justiça não basta dizer que
Fulano disse isso. O juíz vai perguntar: que provas o Fulano tem? Há uma
gravação? Há uma mensagem de texto?
A Justiça trabalha com provas concretas.
Ninguém pode ser condenado porque Fulano disse isso ou aquilo. Se não provar.
O “furo” da Malu não tem valor jurídico.
Começa e termina nas páginas do jornal. Vira assunto de conversa, às vezes até
brigas, não mais que isso.
De outra parte, tanto Galípolo quanto Moraes têm o direito de processar a jornalista por calúnia. E ela terá de mostrar as provas ou, se não as tiver, desmentir seu “furo” para se livrar da condenação."

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