Nova ordem global obriga Brasil a rever gastos em defesa
O Globo
Num planeta conturbado por guerras e
incertezas, despesa militar é de 1% do PIB, ante média mundial de 2,4%
Num mundo convulsionado por guerras, em que a
geopolítica passa por um realinhamento de consequências imprevisíveis, o Brasil
precisa cuidar melhor de sua defesa. É preciso destinar às Forças
Armadas recursos à altura das nossas dimensões territoriais e
de nosso papel global. Os números são infelizmente ainda tímidos na comparação
internacional.
No ano passado, o Brasil destinou 1% do PIB a Exército, Marinha e Aeronáutica. É menos que Colômbia, Uruguai, Equador, Chile ou Bolívia. Para efeito de comparação, a média global foi 2,4% do PIB. Não é preciso se comprometer com um patamar exorbitante, como os 5% aventados pela Otan. Mas é essencial haver planejamento, para o país não ser pego desguarnecido em conflitos insuflados por autocratas voluntaristas. Basta lembrar a investida do ditador venezuelano Nicolás Maduro sobre a Guiana.