Governo acerta ao corrigir reforma do ensino médio
O Globo
Apesar de imperfeita, proposta aumenta carga
horária de disciplinas básicas e inibe aberrações no currículo
O Projeto de Lei (PL) com mudanças para o
Novo Ensino Médio enviado
ao Congresso pelo governo na semana passada representa um avanço, embora ainda
possa ser aperfeiçoado pelos deputados e senadores. Dada a relevância da educação para
o Brasil, seja pela dimensão econômica — devido ao impacto na capacitação da
mão de obra —, seja pela social — por ser um trampolim para a renda futura dos
jovens —, espera-se que os congressistas dediquem o tempo e o esforço
necessários.
A questão de fundo levantada pelo PL é a necessidade de transformar o quadro atual. A pontuação média dos alunos do terceiro ano nas provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) está estagnada desde 2001. Os estudantes com nível de conhecimento adequado em matemática não passam de 10%. Em português a média dos últimos anos é um pouco melhor, mas baixa, inferior a 30%.