Cessar-fogo já entre Israel e Hamas
Folha de S. Paulo
Legítimo na origem, como resposta ao
terrorismo, conflito deve parar devido ao número de mortos e à disparidade de
força
Na quinta (29), militares
israelenses atiraram contra palestinos durante distribuição de comida em
Gaza, deixando mais de uma centena de mortos, segundo o Hamas, ou 10 vítimas,
de acordo com Israel, em novo episódio lamentável de uma guerra sangrenta e
desigual.
O incidente, que ainda tem de ser mais bem
esclarecido, evidencia um dos aspectos cruéis do atual conflito: a assimetria
no número de vítimas entre os dois lados.
O ato selvagem do grupo terrorista palestino,
que deu origem à nova fase da guerra interminável na região, matou 1.269
pessoas, entre elas mulheres e crianças, no maior ataque sofrido por Israel;
dos 253 sequestrados, bebês inclusive, muitos continuam desaparecidos.
A reação militar que se seguiu, justificável na origem, escalou para uma mortandade sem precedentes no conflito israelo-palestino, embalada pelo gabinete de extrema direita de Binyamin Netanyahu. Segundo autoridades palestinas, já são 30 mil os mortos em Gaza, a maioria mulheres e crianças.