Diminuir o rombo do INSS exige mudança no BPC
O Globo
Mesmo que pente-fino proposto pelo governo dê
certo, despesa com programa continuará crescendo
Uma estimativa do próprio governo reconhece
que o anunciado pente-fino no Benefício de Prestação Continuada (BPC), voltado
a idosos e deficientes de baixa renda, será insuficiente para barrar a expansão
do gasto no programa, um dos responsáveis pelo rombo crescente do INSS.
Na melhor das hipóteses, a despesa saltará de R$ 106,6 bilhões neste ano para
R$ 140,8 bilhões em 2028, contabilizando a economia de R$ 47,3 bilhões esperada
com o corte de benefícios irregulares.
Dois fatores explicam a previsão de alta feita pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) para o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025. Um é o crescimento vegetativo do número de beneficiários. Na questão demográfica, obviamente não há nada que o governo possa fazer.