O Globo
O governo Lula resolveu adotar o que chama
de ação emergencial para obrigar as plataformas digitais a agir para moderar
ativamente conteúdos que contenham pregação de violência contra crianças e
jovens em ambiente escolar e para retirar do ar, quando solicitadas, páginas,
perfis e postagens que propaguem apologia a ataques desse tipo.
O que chama a atenção, pela gravidade, é a
postura reativa de algumas companhias, notadamente o Twitter, diante da
escalada nítida de ameaça e o alastramento do incentivo a esse tipo de crime
nas últimas semanas.
Desde que foi comprado pelo bilionário Elon Musk, o Twitter vai caminhando a passos largos para se tornar uma terra de ninguém em termos regulatórios. É claro o objetivo de Musk de promover a redenção da extrema direita norte-americana ligada, na origem, a Donald Trump, mas ramificada em subgrupos ainda mais radicais e violentos, propagadores de ideias supremacistas e apologéticas à violência contra grupos como mulheres, negros, LGBTQIAP+ e outros. Esses grupos vinham sendo banidos ou sua atuação vinha sendo bastante limitada pela empresa antes de ela mudar de mãos.