Brasil não pode fugir da agenda da produtividade
O Globo
Governo precisa incentivar o aprimoramento de
trabalhadores a partir de demandas das empresas
A taxa de desemprego tem caído há mais de um
ano. Fechou o trimestre encerrado em junho em 6,9%, melhor marca para o período
desde 2014. Dados divulgados pelo IBGE na
quarta-feira mostram que o contingente de trabalhadores ocupados nunca foi tão
alto, a criação de empregos com carteira assinada bateu recorde, e a renda
cresceu. Por óbvio, todos esses resultados merecem ser festejados. É um erro,
porém, achar que encerram as preocupações com o mercado de trabalho.
É urgente o governo adotar uma agenda para elevar a produtividade. Nos próximos anos, cairá o contingente em idade de trabalhar em relação aos aposentados, em consequência do envelhecimento da população. Cada profissional terá de ser mais eficiente. Sem isso, a economia crescerá pouco. Nesse quesito, o Estado tem papéis fundamentais. O mais lembrado é a educação de crianças e jovens. Outro crucial é o aperfeiçoamento, em parceria com o setor privado, de quem já trabalha ou busca o primeiro emprego.