Alta do PIB traz apenas satisfação fugaz
O Globo
Apesar do desempenho acima da expectativa,
resultado reflete limites do modelo petista de crescimento
O resultado do PIB do
segundo trimestre ficou acima
da expectativa dos economistas. Nos 12 meses encerrados no segundo
trimestre, a economia cresceu 2,5%. Embora melhor que o esperado, o desempenho
não merece muitos festejos. Apesar da melhora na estimativa para 2024, a
previsão de crescimento segue uma cadência medíocre. Continuará abaixo das
médias do mundo e dos países emergentes.
Tal situação deveria fazer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reavaliar seu modelo de desenvolvimento preferido, baseado em consumo incentivado por crédito e programas sociais, além de intervenção estatal e endividamento. Por essa rota, o país continuará a crescer em ritmo lento, com taxa de investimento insuficiente para impulsionar qualquer expansão de fôlego. Quebrar esse padrão exige uma agenda voltada para estimular a competição e a produtividade na economia brasileira.