O Globo
Tendência a se passar pano para
anacronismos e posturas nada progressistas de Lula não vem de hoje
E se fosse outro presidente, e não Lula,
que reduzisse de 2 (18% do total) para 1 (9%) o número de mulheres integrantes
da mais alta Corte de Justiça do país?
E se fosse outro presidente a usar a
nomeação de uma mulher para outro tribunal superior, menos estratégico nas
questões de Estado e de grande repercussão política, como forma de atenuar o
desgaste pela não nomeação de uma mulher para o Supremo Tribunal Federal (STF)?
E se fosse outro o chefe do Executivo que
ignora a lísta tríplice da Procuradoria-Geral da República, encabeçada por uma
mulher, para escolher, fora da lista, outro homem?
E se fosse outro o presidente que designasse um ministro para o STF e ele, ato contínuo, passasse a exarar votos alinhados com o pensamento mais conservador da sociedade brasileira?