7 de Setembro traz oportunidade de paz institucional
O Globo
Oportunismo político nas celebrações
previstas para a data agravaria a polarização
O pior recado que os líderes políticos
poderiam transmitir nas comemorações do 7 de Setembro previstas para amanhã
será o acirramento da polarização que castiga o país. É compreensível que, em
ano eleitoral, qualquer manifestação se torne foco de embate político. Mas todo
choque de ideias deve se dar dentro das regras democráticas. E a data nacional
não deve se prestar a oportunismos partidários. Ao contrário, trata-se de
momento propício para recobrar o clima de normalidade no país. A paz
institucional é condição necessária para o desenvolvimento do Brasil, e todos
os atores políticos deveriam ter a maturidade de compreender isso.
No evento previsto para ocorrer no Eixo Monumental, em Brasília, estarão hasteadas as bandeiras dos países que integram o G20, referência ao encontro de chefes de Estado e governo das maiores economias no Rio em novembro. Instituições como Forças Armadas, SUS e Correios, serão homenageadas, com toda a justiça, pelo desempenho fundamental para reduzir os danos da tragédia ambiental no Rio Grande do Sul. Estão previstas também a presença de atletas que participaram dos Jogos Olímpicos em Paris e mensagens sobre a retomada da vacinação. Como costuma acontecer todos os anos, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram convidados, além de autoridades do Legislativo e comandantes militares. O evento precisa se ater — como sugere a programação — ao aspecto institucional.