O
amor pela democracia é também o amor pela frugalidade.
Nesse
regime, devendo todos gozar da mesma felicidade e das mesmas regalias, devem
fruir dos mesmos prazeres e acalentar as mesmas esperanças, coisa que só se
pode esperar da frugalidade geral.
O
amor pela igualdade, numa democracia, limita a ambição unicamente ao desejo, à
felicidade prestar à sua pátria serviços maiores que os outros cidadãos. Todos
não podem prestar-lhe serviços iguais; mas todos devem igualmente prestar-lhos.
Ao nascer contraímos para com ela uma imensa dívida da qual nunca podemos
desobrigar-nos.
Assim,
nas democracias, as distinções nascem do princípio da igualdade, mesmo quando
essa parece destruída por serviços excepcionais ou por talentos superiores.”
*Montesquieu (1689-1755), foi um político, filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua teoria da separação dos poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas constituições internacionais; ‘Do Espírito das Leis’ p. 84. Editora Nova Cultura, 2005 (tradução de Fernando Henrique Cardoso e Leôncio Martins Rodrigues.











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