Painel | Folha de S. Paulo
Antes tarde do que nunca Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB ao Planalto, vai aproveitar o mau momento da relação do rival Ciro Gomes (PDT) com o DEM para se reaproximar da sigla e do centrão. O tucano terá uma conversa com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta quarta (13). Em outra frente, procurou Paulinho da Força (SD-SP) para agendar um encontro. Por fim, numa tentativa de unir o próprio partido, avisou a aliados que vai montar um grupo para fazer a coordenação política de sua campanha.
Escalação Pelo plano em marcha, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e ex-presidentes da sigla, como Alberto Goldman, José Aníbal e Pimenta da Veiga serão chamados a assumir postos de comando na campanha tucana.
Fala muito A decisão amadureceu depois que Alckmin virou alvo de uma série de críticas por ter dado poder a Luiz Felipe d’Ávila, um neófito em grandes arranjos políticos. O coordenador do plano de governo do presidenciável é jocosamente chamado de “poeta” por colegas de partido.
Só passando por cima Os acenos de Maia e ACM Neto (DEM-BA) ao presidenciável do PDT, Ciro Gomes, racharam mesmo o DEM. Integrantes da direção do partido já avisaram que vão chamar reunião da executiva para manifestar repúdio à eventual aliança com o candidato.
Quem apanha não esquece A insatisfação não é só programática. O secretário-geral do DEM, Pauderney Avelino (AM), move uma ação na Justiça contra Ciro por injúria.
Seu passado Em 2016, o pedetista disse em palestra que Pauderney, então líder do DEM, foi “corretor de Fernando Henrique Cardoso” na suposta compra de votos pela aprovação da emenda que permitiu a reeleição —acusação que foi engavetada pela PGR na década de 1990.
Metralhadora Os insatisfeitos do DEM fizeram circular em grupos de WhatsApp notícias com xingamentos de Ciro a quadros do partido, inclusive a Neto, presidente da legenda.
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