Quando fala em
"transversalidade"(1), a ministra do Meio Ambiente e Mudanças
Climáticas, Marina Silva, não está blefando; nem o Presidente Lula, ao
anunciar que vai trazer para o Brasil (Belém) a Conferencia Mundial de
Mudanças Climáticas (COP-30) em 2024. Eles pretendem recolocar no palco
as organizações não governamentais sem fins lucrativos , as ONGs, grandes
cabos eleitorais neste mundo, defensoras do chamado "ambientalismo
emancipatório" (2).
E o propósito, Marina não escondeu: é
levar Lula a ser indicado ao prêmio Nobel e, quem sabe, ela própria
à condição de candidata à Presidência da República em 2027. Afinal, afirmou,
nossa causa é universal, a sustentabilidade, e não faz distinção
entre capitalistas, nacionalistas, comunistas ou socialistas.
Tentemos entender o cenário meio profético
...Certa vez, numa palestra em Londres sobre a questão ambiental,
na qual estava presente o príncipe Charles, hoje o rei Carlos III,
da Inglaterra, o ambientalista brasileiro José Lutzemberger, surpreendeu
o auditório ao concluir sua fala dizendo: " O meio ambiente é uma
questão religiosa!" (3)
No Rio Grande do Sul, de onde
viera, era já meio mitificado pelas grandes mobilizações
ambientais. Convocado por Collor para a recém criada Secretaria de
Meio Ambiente da Presidência da República, ele, já nos seus 70 anos, optou por
morar, solitariamente no Parque Nacional de Brasília(Água Mineral), e ter
apenas um motorista que o buscava pela manhã e o deixava de
volta no final da tarde. Vivia quase como um ermitão, e seu comportamento
assustava, de certa maneira, muita gente, inclusive os servidores ao
redor.