quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Vera Magalhães - Marina, Simone e a frente ampla

O Globo

União de mulheres tão diferentes em torno de Lula sintetiza necessidade de superar divergências diante de uma sociedade profundamente dividida

Numa campanha marcada por ataques às mulheres e pela mais acentuada divergência de gênero na definição de voto, apontada por analistas de pesquisas como um dos fatores mais importantes na história desta eleição, é muito simbólico que duas mulheres tenham ganhado espaço na reta final do segundo turno e passado a encarnar o simbolismo da frente ampla que a campanha de Lula procurou construir para enfrentar Jair Bolsonaro.

Marina Silva e Simone Tebet têm trajetórias de vida e política em tudo distintas, representam setores em grande parte antagônicos no debate político-econômico e têm em comum o fato de, até há bem pouco tempo, terem carregado divergências profundas com Lula e o PT.

As reiteradas cenas das duas juntas em palanques, em viagens e no corpo a corpo da campanha petista sintetizam em grande medida a ideia de que será preciso compor com diferentes para superar a divisão da sociedade iniciada em 2013 e aprofundada de forma radical nos últimos quatro anos.

Marina foi das primeiras a entoar esse discurso, ainda no primeiro turno. Seu apoio decidido a Lula, mesmo depois de ter sido colocada no moedor de reputações pelo PT em 2014, mesmo depois do trauma de ter se visto obrigada a substituir o companheiro de chapa Eduardo Campos, morto num acidente aéreo, deu a medida da excepcionalidade do momento atual, em que as forças progressistas enxergam verdadeira ameaça de ruptura institucional e democrática em caso de vitória de Bolsonaro.

Bernardo Mello Franco - Sinais opostos na reta final

O Globo

Na semana decisiva, petistas tentam vender otimismo; governistas lançam factoides e estimulam arruaça

A convocação foi feita em tom solene, no fim da tarde de segunda-feira. Pelas redes sociais, o ministro Fábio Faria instou a imprensa a “acompanhar a exposição de um fato grave na frente do Palácio da Alvorada logo mais, às 19h30”.

No horário marcado, o ministro apareceu diante das câmeras. Contou a seguinte história: rádios do Nordeste teriam deixado de veicular milhares de inserções de Jair Bolsonaro. Não apresentou detalhes ou provas do suposto boicote.

A seu lado, o publicitário Fabio Wajngarten aproveitou para fazer propaganda. Disse que o capitão foi “censurado” e, sem ser perguntado, informou que a campanha continuava “firme, forte e unida”. “A gente está na frente das eleições. A gente virou a curva”, acrescentou, na contramão de todos os institutos de pesquisa.

O factoide durou pouco. Ainda na noite de segunda, o TSE constatou que a denúncia se baseava em relatório apócrifo, sem datas ou horários das tais inserções. “Os fatos narrados não foram acompanhados de qualquer prova e/ou documento sério”, resumiu o ministro Alexandre de Moraes.

Elio Gaspari - A cena de Jefferson não fecha

O Globo

Ao fim, ele acertou o pé de Bolsonaro

Algum dia Roberto Jefferson contará o que ele tinha na cabeça no domingo. Por enquanto, de certo só há uma coisa: uma semana antes da eleição ele acertou o pé de Jair Bolsonaro.

Em décadas de atividade nos tribunais, no Congresso e até mesmo na televisão, ele provou-se pessoa experiente. Nos vídeos das oito horas de tumulto, mostrou-se no completo controle dos nervos. Deu dezenas de tiros de fuzil e lançou três explosivos na direção dos agentes federais que foram capturá-lo. Jefferson controlou seu roteiro. Como advogado, ao insultar a ministra Cármen Lúcia, ele sabia que sua prisão domiciliar seria revogada. Mártir, ele nunca quis ser.

Obteve o descontrole de seus aliados. Bolsonaro demorou para dissociar-se dele. Quando o fez, cometeu a imprudência de dizer que nunca apareceu em fotografias ao seu lado. Bastaram alguns minutos para que aparecessem duas. Esse tipo de reação ilustra a capacidade do capitão de atravessar o espelho da realidade, quer dizendo que nunca foi fotografado com Jefferson, quer praticando sua medicina particular.

Luiz Carlos Azedo - A eleição pode ser decidida no debate da Globo entre Lula e Bolsonaro

Correio Braziliense

Não se deve fazer nada de inútil, tudo pode se decidir com base no condicionamento físico, na capacidade de discernimento, na verdade das coisas, no espírito e na vontade de fazer o certo. Num gesto e na força do olhar.

A campanha eleitoral entrou na reta final, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um passo da vitória e o presidente Jair Bolsonaro, a dois. No universo das pesquisas eleitorais, pode-se dizer que é mais ou menos essa a distância da linha de chegada, considerando-se a margem de erro das pesquisas. Com certeza, será a decisão mais apertada da história de nossas eleições, mais até do que a vitória da presidente Dilma Rousseff (PT) contra Aécio Neves (PSDB) nas eleições de 2014.

A contestação do resultado da eleição de domingo será líquida e certa no caso de Lula vencer Bolsonaro, conforme sinalizam auxiliares do presidente da República, como o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, autor de uma denúncia de manipulação de inserções de propaganda eleitoral por rádios do Nordeste. A declaração de Bolsonaro, ontem, sobre a análise da segurança das urnas feita pelo Exército, ao dizer que não foram conclusivas, nesse aspecto, corrobora a narrativa golpista.

Temos uma crise contratada no horizonte imediato, que está se armando faz tempo, mas que foi fragilizada pelo episódio envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson, ao disparar 50 tiros de fuzil e três granadas contra policiais federais. Eleitoralmente, acertou no pé de Bolsonaro. Jefferson está preso em Bangu 8, por tentativa de homicídio dos policiais federais e ofensas à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (TSE), e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, que cassou sua prisão domiciliar.

Guilherme Casarões* - Bolsonarismo e a americanização do Brasil

Folha de S. Paulo

Movimento importou da extrema direita estilo, gramática e substância

A poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais, o cenário está mais incerto e a disputa está mais virulenta do que em qualquer outro pleito de nossa história. Estivéssemos em tempos tranquilos, o foco da conversa das últimas semanas seria sobre propostas concretas para os persistentes problemas brasileiros.

Mas nada está normal. Em meio ao clima de medo e ódio, inflamado por mentiras e difamações, a política brasileira foi tragada para o campo da disputa identitária, da qual supostamente depende a sobrevivência individual e coletiva.

Estamos diante da americanização do debate público nacional.

O conceito pluralista de democracia, que orienta nossa Constituição, está sendo substituído por uma ideia de democracia antiliberal, em que só a maioria deve se beneficiar do governo e as minorias não podem participar da formulação de políticas públicas. A identidade sincrética e multirracial do país, sempre tratada como nossa maior contribuição civilizatória, dá lugar a um tipo de supremacismo cristão, que exclui todo e qualquer cidadão que porta valores distintos.

Hélio Schwartsman - Após o cataclismo

Folha de S. Paulo

Legislação permite que cada cidadão doe até 10% dos rendimentos declarados no ano anterior

Daqui a dois meses ou quatro anos, quando tiver passado o cataclismo bolsonarista, seria importante rever vários pontos de várias legislações para robustecer as instituições democráticas. Alguns dos mais urgentes são a escolha do procurador-geral da República, os trâmites para a abertura do impeachment e a participação de militares em governos. No limite, a própria reeleição poderia ser repensada.

Hoje, porém, trato de uma proposta menos ambiciosa e, portanto, mais factível. São as doações eleitorais. Desde que o STF estabeleceu a inconstitucionalidade das doações empresariais, em 2015, o financiamento das campanhas ficou restrito a três fontes: o fundo eleitoral, que é dinheiro público e paga o grosso da conta, doações de pessoas físicas e recursos dos próprios candidatos.

Bruno Boghossian - Lula e a barreira de contenção

Folha de S. Paulo

Ex-presidente diz que não fará 'governo do PT' para frear sentimento contra o partido na última hora

Lula escolheu como vice um político de centro-direita, levou ao palanque uma senadora de um estado ruralista e recebeu o apoio de economistas que têm laços históricos com o PSDB. Apesar de todos os movimentos, a campanha petista entendeu que era necessário mais um passo nos dias finais do segundo turno.

O ex-presidente deu na segunda (24) sua declaração mais incisiva sobre as cores de uma eventual gestão liderada por ele. "Nosso governo não será um governo do PT", afirmou Lula, que se dirigiu à presidente do partido, Gleisi Hoffmann, para avisar que a sigla precisará ceder espaço caso chegue ao poder.

A companhia de Geraldo Alckmin e Simone Tebet pode ter facilitado a adesão de alguns segmentos a Lula, mas não anulou a rejeição ao PT como fator relevante na disputa. Explorado por Jair Bolsonaro, o fantasma da esquerda se manteve como um risco para o ex-presidente.

Mariliz Pereira Jorge - Bolsonaro nos rouba a vida

Folha de S. Paulo

Não há um dia de paz e até na madrugada esse desgraçado resolve fazer live para mentir

Leitor reclama que não me engajo politicamente e que só me preocupo com a mudança de casa e com o impacto que teria "no pet". Quem me dera. Não há outra coisa que eu faça nos últimos anos que não seja morrer um pouquinho todo dia de raiva e mostrar a tragédia do governo Bolsonaro.

Há dezenas de colunas, de vídeos, de tuítes meus sobre o assunto, mas agradeço ao leitor por me lembrar de mais um motivo para derrotar Bolsonaro: ele nos roubou o direito de viver. Não há um dia de paz, não tem domingo de descanso, até na madrugada esse desgraçado resolve fazer live para mentir.

Fernando Exman - A amizade tóxica que custa milhões de votos

Valor Econômico

Jefferson pode afastar de Bolsonaro mulheres e mineiros

Jair Bolsonaro acordou no domingo relativamente tranquilo. A sete dias do segundo turno, depois de gastar tempo se explicando sobre o caso das “meninas venezuelanas” e negando que reduziria o salário mínimo a partir do ano que vem, ele e seu grupo político confiavam na virada. Reconheciam que não seria fácil. Mas a estratégia era, basicamente, melhorar o desempenho em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, onde o apoio dos governadores poderia fazer a diferença. E, sobretudo, reduzir a resistência do eleitorado feminino a seu nome. O ânimo mudou.

Àquela altura, ele ainda se preparava para retornar à “mega live” que já durava quase 20 horas e seria encerrada com a participação do astro sertanejo Gusttavo Lima, cuja plateia virtual contabiliza 44 milhões de seguidores. Até que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) achou uma boa ideia resistir à prisão a tiros de fuzil e granadas. Bolsonaro não estava na cena do crime, mas o episódio pode ter ferido de morte sua campanha à reeleição.

Alvaro Gribel - Mercado faz leitura eleitoral míope

O Globo

Se o PT errou na economia, Bolsonaro erra também, e muito. E ameaça a democracia, gera conflito institucional e destrói a credibilidade do país na área ambiental.

O dia era 29 de setembro de 2008 e eu estava ao telefone com um investidor da bolsa: “Não existe a possibilidade de o governo dos EUA não socorrer os bancos, eles são grandes demais para quebrar”, disse ele, poucos segundos antes de a ligação ser interrompida de forma abrupta. “Ligue a TV”, afirmou e desligou. O motivo era que o Congresso americano acabara de derrubar o pacote de US$ 700 bilhões enviado por Bush para atenuar a crise financeira. A bolsa brasileira cairia 9% em seguida, depois de passar por um circuit breaker naquele pregão. A história é só para mostrar como aprendi cedo na carreira que o mercado financeiro se equivoca em algumas de suas análises políticas.

forte queda das ações da Petrobras e do Banco do Brasil nos últimos dois dias é exemplo disso. Primeiro, porque mostra o clima de ciranda que envolve as negociações das estatais, que oscilam sobre boatos e apostas políticas em uma disputa acirrada entre Lula e Bolsonaro. Segundo, porque se elas levaram esse tombo após o evento Roberto Jefferson é porque em algum momento os investidores precificaram como mais provável a vitória de Bolsonaro. Baseados em quê? Terceiro e mais importante, no caso da Petrobras: depois de quatro presidentes na empresa em quatro anos e intervenções que atropelaram leis e estatutos da companhia, o que leva o investidor a crer que a reeleição seria muito mais benéfica para a petrolífera?

Vinicius Torres Freire - A proposta de Arminio Fraga para Lula

Folha de S. Paulo

Economista faz conversa imaginária com petista; outros sugerem diálogo prático

Arminio Fraga publicou artigo muito importante nesta Folha, na semana passada: "Entrevista com Lula por telepatia". Na forma, era isso mesmo, uma conversa imaginária do economista com Lula da Silva (PT) a respeito de temas essenciais de política econômica e social. O texto ressaltava convergências possíveis e divergências.

Era uma proposta de diálogo, em sentido amplo. Políticos prestantes e espertos, do PT e de outros partidos, poderiam pensar em um diálogo em sentido estrito. Não se trata aqui de sugestão de convidar Arminio Fraga para ser ministro em caso de vitória de Lula, nada disso, que nem é assunto de jornalista. Mas de algo mais profundo.

Antes de mais nada e a fim de evitar mal-entendidos: este jornalista infelizmente é incapaz de ler mentes, não pode colocar palavras na boca de ninguém e não tem informação alguma de conversa de Fraga com Lula.

Daniel Rittner - E o porto de Mariel, e o metrô de Caracas?

Valor Econômico

O BNDEs (o país) teve lucro ao financiar obras de engenharia no exterior

“Olha o BNDES, Lula. Por que a Venezuela tem metrô e Belo Horizonte não tem metrô?”, perguntou um confiante Jair Bolsonaro ao petista, que se atrapalhou todo para responder, no debate da Band. “O dinheiro do BNDES para fazer o porto de Mariel, Cuba se comprometeu, não pagando o empréstimo, a nos ressarcir em charutos. Isso é um deboche”, disse o candidato à reeleição na sabatina feita pela Record. Nas redes sociais e em comentários de analistas na TV, o calote de latino-americanos no banco de desenvolvimento, que financiou grandes obras executadas por construtoras da Lava-Jato, virou mácula das administrações do PT e ataque fácil em campanhas eleitorais. Como se pôde liberar tanto dinheiro a projetos no exterior se metade dos brasileiros não têm sequer o esgoto tratado?

Predomina o lugar-comum e a análise preguiçosa. É preciso conhecer, antes de criticar com orgulhosa ignorância, números da política de crédito e fomento à exportação de serviços de engenharia. Até hoje, o BNDES fez desembolsos de US$ 10,5 bilhões. Recebeu de volta US$ 12,7 bilhões. Mesmo com a inadimplência em uma série de operações, houve lucro. De US$ 2,2 bilhões. Convertendo para a moeda nacional, pouco mais de R$ 11 bilhões. Primeira lição: o banco não perdeu, mas ganhou dinheiro, com o financiamento para países da América Latina e da África. Não são dados da Fundação Perseu Abramo ou do Dieese. Estão no site do BNDES.

Marcelo Godoy – Feche o nariz e vote

O Estado de S. Paulo

Eleitor vai definir no domingo qual sentimento é maior: o antipetismo ou o antibolsonarismo

A reunião na casa do banqueiro Cândido Bracher estava chegando ao fim quando o advogado Luiz Fernando Crestana e o empresário Henrique Schreurs se aproximaram da mesa onde estavam dois jornalistas. Queriam contar que haviam decidido mudar seu voto. Pensavam em anular, mas, depois de participar ali do encontro com a senadora Simone Tebet (MDB), decidiram pela primeira vez na vida votar em Lula. Não pelo petista, mas em razão do risco que viam em um segundo mandato presidencial para Jair Bolsonaro (PL).

A lógica dos dois deve definir a eleição de domingo, quando o sentimento contrário a Lula e ao petismo vai se chocar com o antibolsonarismo. É a rejeição ao outro lado e ao seu projeto para o País que moverá os votos decisivos no dia 30. Crestana e Schreurs são exemplos das recentes reviravoltas políticas.

Nicolau da Rocha Cavalcanti - Um azar digno de revolta

O Estado de S. Paulo

Não faria mal um pouco de realismo – e menos condescendência com nossa realidade particular – para notar desigualdades e privilégios vigentes.

Imaginemos a seguinte situação. Nossos filhos vão a um acampamento de férias extraordinário. Há aulas de música, desenho e teatro, cursos de inglês e francês, palestras com profissionais apaixonados por seu trabalho. A alimentação é balanceada. O local dispõe de áreas verdes, cinema, quadras esportivas, piscina e uma biblioteca incrível. Não era barato, exigiu sacrifício, mas achamos que valia a pena.

Ao buscarmos os nossos filhos, descobrimos que o acampamento proporcionou tudo o que havia prometido, mas não a todas as crianças. No primeiro dia, houve um sorteio e metade dos participantes não teve acesso a nenhuma das atividades previstas, a nenhum dos lugares espetaculares, a nenhuma comida saudável. Essas crianças dormiram noutro pavilhão e, durante o dia, ajudaram a organizar as atividades, a cozinhar, a arrumar as camas, a limpar os banheiros. No final do dia, tinham um tempo de descanso, no qual podiam ver televisão.

Ficamos indignados. “Meus filhos não assistiram às aulas? Não tiveram acesso aos locais das atividades? Dormiram numa casa diferente daquela das fotos do folheto do acampamento? E ainda tiveram de trabalhar?”

“Sim”, confirma o coordenador do acampamento. “Foi o que ocorreu”, diz. “Além disso, no último dia, houve uma prova com todas as crianças e seus filhos não foram bem. Eles ficaram entre os 25% piores de todo o acampamento.”

O governo Bolsonaro retratado em 5 livros de charges

Cinco livros eletrônicos retratam com humor o governo de Jair Bolsonaro, em seleção de charges publicadas originalmente no extinto Agora São Paulo e na Folha de São Paulo, jornais do Grupo Folha. Todos os rolos do presidente é o título da coleção que traz desenhos desde o primeiro ano de mandato, passando pela crise do coronavírus, o caso das rachadinhas e a compra de imóveis com dinheiro vivo.

A coleção estará disponível nas plataformas de livros digitais, inicialmente na Amazon. O autor, o jornalista e cartunista Cláudio de Oliveira, colabora com a Folha e mantém na Folha Online o blog de humor Cláudio Hebdô (folha.com/claudiohebdo).

TODOS OS ROLOS DO PRESIDENTE -1 - Antes do coronavírus

O primeiro ano do governo Bolsonaro. Entre outros temas, estão as queimadas no Pantanal, o desmatamento na Amazônia, um novo partido que não saiu do papel, o aumento de preços e o pibinho de 1,1% em 2019.

https://www.amazon.com.br/dp/B09KCKZBCY

TODOS OS ROLOS DO PRESIDENTE – 2 - Na pandemia do coronavírus

Cartuns sobre a atuação de Bolsonaro durante a pandemia do coronavírus: negacionismo, ações contra o isolamento e uso de máscara; campanha pela cloroquina, demissões dos ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e gestão do general Pazuello na pasta; atraso na vacinação; falta de oxigênio no Amazonas, entre outros.

https://www.amazon.com.br/dp/B09PHN7BSJ

TODOS OS ROLOS DO PRESIDENTE – 3 - Na CPI do coronavírus

Charges da CPI da Covid-19: as revelações da comissão, como a negligência na compra de vacina da Pfizer, suspeitas de irregularidades no contrato da Covaxin, a ação do governo com base em teses como imunidade de rebanho e uso de cloroquina.

https://www.amazon.com.br/dp/B09Q29861T

TODOS OS ROLOS DO PRESIDENTE – 4 - E as rachadinhas dos bananinhas também

Os rolos do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e familiares, com foco nas suspeitas de rachadinhas e compra de imóveis com dinheiro vivo.

https://www.amazon.com.br/dp/B0BFFV2VBM

TODOS OS ROLOS DO PRESIDENTE – 5 - Jair Pedalada

Manobras para furar o teto de gastos e permitir o pagamento do orçamento secreto aos aliados do Centrão, além da criação do Auxílio Brasil, em permanente campanha pela reeleição, com ameaças golpistas e tentativas de desmoralização do sistema eleitoral.

https://www.amazon.com.br/dp/B0BGCSH898

O que a mídia pensa - Editoriais / Opiniões

Leniência incentiva o assédio eleitoral nas empresas

O Globo

Denúncias sobre empresários coagindo funcionários a votar em seus candidatos quintuplicaram

É escandaloso o nível atingido pelo assédio eleitoral nestas eleições. Em nenhuma outra houve tantas denúncias sobre empresários obrigando seus funcionários a votar em seu candidato, como se o Brasil ainda estivesse na República Velha e as empresas fossem currais eleitorais. Até o último final de semana, o Ministério Público do Trabalho (MPT) havia recebido 1.155 denúncias, o quíntuplo das recebidas em 2018. De acordo com o procurador-geral do trabalho, José de Lima Ramos Pereira, a tentativa de se assenhorear do voto do funcionário, quase sempre os de menor qualificação, é uma violência comparável ao assédio moral ou mesmo ao sexual.

O Sudeste, maior colégio eleitoral, contribui para a estatística de degradação institucional com 461 denúncias, relativas a 378 empresas. O Sul fica em segundo lugar, com respectivamente 335 e 273. Quase todas envolvem assédio para funcionários votarem no candidato Jair Bolsonaro (PL). É o caso da acusação contra a Altenburg, maior fabricante de travesseiros do Brasil, com 1.700 funcionários em Blumenau, Santa Catarina.

Poesia | José Saramago - Não me peçam razões

 

Música | Cristovão Bastos e Mauro Senise - Para um amor no Recife (Paulinho da Viola / Homenagem aos 80 anos do autor)