Corrente de solidariedade orgulha o Brasil
O Globo
Apesar de saques e desinformação, prevalece o
espírito de ajuda aos gaúchos num momento de dor
Em meio à catástrofe provocada pelas chuvas no Rio
Grande do Sul, é um alento testemunhar a corrente de solidariedade
que tomou conta do Brasil, com apoio até no exterior. É um movimento comparável
apenas ao que se formou durante a pandemia de Covid-19. O país polarizado
felizmente não titubeou em se unir para acolher os gaúchos num dos momentos
mais difíceis de sua história.
Não poderia ser diferente diante da situação.
Inundações e deslizamentos já deixaram pelo menos 136 mortos e 125
desaparecidos. Cerca de 90% dos municípios gaúchos foram atingidos. Serviços
básicos, como luz, água e comunicações, estão comprometidos. Mais de 500 mil
moradores tiveram de deixar suas casas. Nos supermercados, é difícil encontrar
água e comida.
Falta quase tudo aos gaúchos, mas não solidariedade. Voluntários não se intimidaram com o cenário hostil e se juntaram às forças-tarefas que atuam no resgate de famílias isoladas, no acolhimento aos flagelados e na distribuição de doações. A professora universitária Camila Rodenbusch foi para a linha de frente com seus alunos. “Resgatamos crianças sem pais, muitos idosos doentes, é uma situação muito triste”, disse ela ao Jornal Nacional. Deram ao Brasil uma aula prática de compaixão. São apenas um dos inúmeros elos da corrente do bem formada no Brasil.









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