Pente-fino no BPC é fundamental para desmascarar fraudes
O Globo
Apesar de tardia, é bem-vinda ideia de
integrar programa a cadastro de benefícios sociais e ampliar exigências
Depois da descoberta de fraudes no
auxílio-doença pago pelo INSS,
o alvo do pente-fino que o governo tem passado sobre os gastos sociais agora é
o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que paga um salário mínimo mensal a
deficientes e idosos de baixa renda. Não é preciso ter contribuído à Previdência para
receber o BPC, corrigido pelas mesmas regras generosas do salário mínimo.
Apenas neste ano, o BPC representará uma despesa de R$ 111,5 bilhões, um aumento de 20,3% sobre o gasto de 2023. No primeiro semestre, ele custou R$ 44,1 bilhões, alta de 19,8% em relação ao período em 2023. Os novos benefícios somaram 1,1 milhão nos primeiros seis meses de 2024, 40% acima do verificado no ano passado. Não há fila de espera que justifique o salto.