Ondas de calor pressionam o setor elétrico
O Globo
Técnicos temem que oferta de energia não seja
capaz de atender à demanda crescente em 2025
Com os termômetros acima dos 40 °C e a
sensação térmica em patamares superiores a 60 °C, o consumo de energia dispara.
Apagões se sucedem país afora, e o sofrimento dos moradores da região central
de São Paulo, alguns às voltas com mais uma semana de interrupção no
fornecimento, é apenas o drama mais recente. Ao mesmo tempo, surge a
preocupação com a capacidade de o sistema elétrico resistir ao crescimento de
demanda. Neste momento de virada de estação, do verão para o outono, com
temperaturas recordes, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem
aumentado a previsão de crescimento da demanda de março, um salto próximo de 6%
ante o mesmo mês do ano passado.
De acordo com o ONS, todas as regiões consumirão mais energia neste mês em relação a março de 2023: Nordeste, 8,8%; Norte, 8,5%; Sudeste/Centro-Oeste, 5,8%; Sul, 1,5%. No último dia 15, o consumo bateu o recorde do ano, com 102.477 megawatts (MW). Na superfície, a situação parece sob controle. As hidrelétricas respondem por mais da metade da produção de energia, e a geração eólica e solar, somadas, mais de 20%. Não se pode esquecer, porém, que a geração no Brasil continua dependendo de chuva no momento certo, na região certa. As oscilações do clima, que vieram para ficar, não dão uma garantia firme de que isso aconteça.














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