quarta-feira, 19 de junho de 2024

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Juros altos sufocam a economia e as contas públicas

Correio Braziliense

O que também se espera é que o governo mensure a eficiência dos seus gastos para encontrar espaço para cortar, mostrando, assim, empenho em buscar o equilíbrio fiscal

Taxas de juros altas sufocam a economia, forçando a redução do consumo e inibindo os investimentos. Pesam ainda sobre as contas públicas, praticamente fazendo com que a dívida pública cresça, uma vez que o prêmio que o governo paga para rolar seus títulos é maior do que a margem de aumento da arrecadação. Com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 3,93% em 12 meses e as projeções do mercado financeiro indicando que a taxa feche o ano em 3,9%, não seria surpresa se o Comitê de Política Monetária (Copom) fizesse, hoje, um novo corte de 0,25 ponto percentual, até para confirmar sua autonomia em relação ao governo e ao mercado financeiro, que aposta na manutenção da taxa em 10,5%.

Vera Magalhães - O ‘timing’ triplamente infeliz da fala de Lula

O Globo

Além de ser contraproducente para forçar queda de juros, entrevista do presidente antecipa sucessão presidencial

O conteúdo e o tom da altamente noticiosa entrevista de Lula à rádio CBN foram bastante questionáveis, mas o timing da fala presidencial também foi infeliz por pelo menos três razões. O conjunto da obra mostra que o governo precisa de ajustes também na comunicação, além de na economia e na articulação política.

Já escrevi em meu blog no GLOBO a respeito de como, ao voltar a mirar no presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Lula reedita uma estratégia de 2023 que tem menos capacidade de surtir efeito agora que há um ano.

A decisão do Copom a respeito da taxa básica de juros sairá hoje, e, se tiverem algum efeito, os ataques de Lula ao presidente do BC unirão o colegiado naquela que já era a decisão mais esperada pelo mercado: a manutenção da Selic em 10,5%.

Nas últimas semanas já havia uma espécie de consenso de que a reunião de junho não repetiria a divisão exatamente meio a meio da diretoria: de um lado os indicados de Lula; de outro, os remanescentes indicados por Jair Bolsonaro.

Elio Gaspari - O governo caiu na real

O Globo

Notícias ruins acordaram os doutores

A alta do dólar, a queda da Bolsa e a confirmação de que o aumento da arrecadação era um sonho levaram o governo a admitir a relevância do controle de gastos e a consequente valorização de uma administração comprometida com o feijão com arroz.

Em dois anos de governo, o ministro Fernando Haddad teve vitórias e derrotas. Brilhou com o projeto de reforma tributária, mas seu déficit zero era lorota. Ele conseguiu restabelecer as boas relações de um governo petista com a banca.

Na segunda-feira, Haddad e Simone Tebet, sua colega do Planejamento, mostraram a Lula o dreno provocado pela distribuição de incentivos. A iniciativa tem mérito, mas não tem valor. O Sol congelará antes que um Congresso resolva podar os benefícios dados à Zona Franca de Manaus. Cada incentivo é um jabuti velho, escolado e bem relacionado.

Zeina Latif - Boas e más notícias para o consumo das famílias

O Globo

O presidente preocupa-se com o bem-estar das classes populares. Melhor apresentar uma política econômica consistente para reduzir as incertezas e conquistar a confiança do setor privado

O consumo das famílias exibe bom desempenho. E não é de hoje. Nota-se uma volta à normalidade depois da forte contração em 2015, na grande recessão, e das enormes oscilações em 2020 e 2021. A taxa média de crescimento real desde 2022 é de 0,9% trimestral (descontado o padrão sazonal).

Ainda não foi atingido um patamar de consumo compatível com a tendência anterior à pandemia. Mas essa convergência não deverá tardar, mesmo em um cenário de juros altos por mais tempo do que se imaginava, como resposta ao aumento do risco inflacionário.

Bernardo Mello Franco – O chefe do BC e as aparências

O Globo

Lula retomou a artilharia contra Roberto Campos Neto. Foi um movimento calculado. Hoje o Copom divulga a nova taxa de juros. A julgar pelas apostas do mercado, vai ignorar os apelos do governo e interromper a sequência de quedas.

Na véspera do anúncio, o presidente disse à CBN que o chefe do Banco Central “tem lado político” e “trabalha para prejudicar o país”. “A quem esse rapaz é submetido?”, questionou. “Cadê a autonomia dele?”

Ele ainda descreveu a política monetária do BC como o principal problema do país. “Nós só temos uma coisa desajustada no Brasil neste instante: é o comportamento do Banco Central”, afirmou.

Luiz Carlos Azedo - Campos Neto virou o bode na sala de Lula

Correio Braziliense

O presidente do BC não quer dar continuidade à redução da taxa de juros porque há incertezas no mercado internacional e a economia brasileira está muito aquecida

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no “bode na sala” das contas públicas. Em entrevista à rádio CBN, afirmou que o comportamento do banco é a única coisa “desajustada” na economia do país. E comparou Campos Neto ao ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR), que o condenou na Lava-Jato, segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), indevidamente. Lula disse que Campos Neto tem “lado político” e não demonstra “autonomia”.

O ataque de Lula acirra o conflito entre os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai decidir a nova Selic em reunião iniciada nesta terça-feira, com a suposta intenção de interromper a redução continuada da taxa de juros, hoje em 10,5%. A expectativa do mercado é de que a taxa realmente seja mantida, em que pese a insurgência de Lula. A redução dos juros foi iniciada de forma gradativa em agosto de 2023.

Marcelo Godoy - Raça de víboras

O Estado de S. Paulo

O fanatismo da lei que obriga a mulher a ter o fruto de um monstro legaliza a tortura das vítimas

Parecia uma boa ideia: contrariar o STF e, ao mesmo tempo, pôr nas costas de Lula e Janja o rótulo de defensores do aborto. Desgastar o governo com a pauta de costumes era o objetivo. Desta vez, no entanto, o petismo não mordeu a isca. Lula ficou em silêncio e Janja fez que não era com ela até que o feitiço se voltou contra a bancada dos costumes, massacrada por defender para a mulher estuprada o dobro da pena reservada ao abusador que deixar em seu ventre o fruto da relação monstruosa. Só então, Lula e Janja falaram.

Fábio Alves - O bode na sala do Copom

O Estado de S. Paulo

O mercado espera que o Copom mantenha a Selic e também revise para cima as projeções de inflação

Depois do grande estresse no mercado com o placar dividido na última decisão do Copom, em maio, analistas e investidores têm uma única certeza para o desfecho da reunião de hoje: o ciclo de corte de juros será interrompido e a taxa Selic será mantida em 10,50%, numa votação unânime pelos diretores do Banco Central.

Em razão da polêmica na última reunião, as expectativas inflacionárias de 2024 e de 2025 não pararam de subir e se distanciaram cada vez mais da meta de 3% perseguida pelo BC. Além disso, a piora na percepção do risco fiscal e os ruídos políticos – envolvendo até um aparente enfraquecimento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad – empurraram o dólar de uma cotação de R$ 5,09, no dia do anúncio da última reunião do Copom, para quase R$ 5,43 no auge do nervosismo na semana passada. Uma desvalorização cambial dessa magnitude, se prolongada, acaba sendo repassada para os preços na economia.

Lu Aiko Otta - Como Tebet quer discutir qualidade dos gastos

Valor Econômico

Não se ouve de integrantes do governo a palavra “corte” ou “eliminação” como objetivo dos debates em torno das despesas

Tão importante quanto construir propostas para alterar a estrutura do Orçamento federal e evitar o colapso do arcabouço fiscal é encontrar a narrativa adequada, avalia-se nos bastidores do governo. O ambiente político de nervos à flor da pele assim o recomenda.

Tanto é assim que não se ouve de integrantes do governo a palavra “corte” ou “eliminação” como objetivo dos debates em torno das despesas.

Fala-se em “modernização” das vinculações orçamentárias, com foco na qualidade do gasto. Essas serão perseguidas com o objetivo principal de reforçar áreas do Orçamento que precisam de mais dinheiro. Como efeito secundário, aí sim poderá haver redução de algumas despesas, explica-se.

Fernando Exman - Em dia de Copom, Lula joga para a arquibancada

Valor Econômico

Presidente treinou com um discurso suave, mas entrou em campo pressionando

Em uma icônica cena da final da Copa do Mundo de 1958, eternizada em preto e branco e presente nos melhores documentários sobre futebol, o meia Didi pega a bola no fundo do gol brasileiro com impressionante tranquilidade, coloca embaixo do braço e caminha lentamente em direção ao centro do campo conversando com seus companheiros. A Suécia acabava de abrir o placar contra uma seleção traumatizada por perder o título em casa, no Maracanã, oito anos antes.

César Felício - Ataque de Lula a Campos Neto é vacina diante do que vem pela frente no Copom

Valor Econômico

Se o Banco Central é considerado politizado, suas decisões deixam de ser vistas pelo prisma técnico. Tudo vira política

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) deve decidir, em sua reunião de dois dias que começou na terça-feira (18), pela manutenção da taxa básica de juros Selic em 10,5%. É um revés importante para o governo Lula, já que se trata de um indicativo forte de que a autoridade monetária entende ser necessário subir a remuneração dos investidores que se dispõem a ter títulos de dívida pública em sua carteira. Um dado diretamente relacionado às incertezas que os investidores veem sobre a consistência fiscal do país.

Maria Cristina Fernandes - Criticado por Lula, Campos Neto não tem do que reclamar

Valor Econômico

Aproximação do presidente do BC com Tarcísio leva petista a compará-lo à dobradinha Moro/Bolsonaro

Depois de meses de trégua, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a colocar Roberto Campos Neto na mira e, desta vez, o presidente do Banco Central não tem do que reclamar. Em entrevista à CBN, comparou-o ao senador Sergio Moro (União-PR), cuja adesão ao governo Jair Bolsonaro, assumindo o Ministério da Justiça, revelou a partidarização da Lava-Jato. A afirmação de Lula veio por meio de pergunta retórica: “Roberto Campos Neto vai repetir Moro, de rabo preso com a política?”

Não ficou por aí. Disse ainda que o presidente do BC nos seus primeiros mandatos, Henrique Meirelles, foi mais independente do que Campos Neto é do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas: “Ele [o governador] interfere mais do que eu. Pra fazer aquela festa para ele [Campos Neto], deve estar achando a política monetária uma maravilha”.

Meirelles, que na manhã desta terça, participou de uma audiência na Comissão de Constituição e Justiça sobre a proposta de emenda constitucional que amplia a autonomia do BC, confirmou a informação de Lula: “O compromisso que assumiu comigo de autonomia foi, de fato, honrado”.

Martin Wolf - Política industrial é um negócio ardiloso

Valor Econômico

Com a morte da “hiperglobalização”, uma era de convergência das rendas médias reais entre países emergentes e em desenvolvimento e as economias de alta renda chegou ao fim

A política industrial está de volta como um motivador poderoso da intervenção governamental. Isso é uma verdade em muitas partes do mundo. Parece ser mais verdadeiro para a China do presidente Xi Jinping do que era com Deng Xiaoping, em especial neste momento em que o país deseja substituir o investimento no setor imobiliário como motor de seu crescimento econômico. Mas a mudança de rumo mais notável é nos Estados Unidos. Ronald Reagan declarou que “as nove palavras mais aterrorizantes da língua inglesa são: eu sou do governo e estou aqui para ajudar”. Hoje o governo Biden está “ajudando” entusiasticamente. Mas Donald Trump também é um intervencionista, com a diferença de que sua forma de ajudar é aumentar as tarifas. Dado o papel histórico dos EUA como proponente de uma economia mundial aberta, essa mudança é importante.

Wilson Gomes - O PL da reforma moral

Folha de S. Paulo

Qual será o próximo passo? Um PL para o apedrejamento de mulheres adúlteras?

O Parlamento brasileiro é hoje predominantemente conservador, de extrema direita e/ou bolsonarista. Como mandatos parlamentares não se ganham na rifa nem se compram online, e esses em particular são resultantes do voto popular em eleições livres e limpas, é provável que um Congresso com essas feições seja sintoma de que também a população seja bem menos liberal e de esquerda do que há alguns anos.

Os deputados e senadores desse segmento ideológico parecem estar seguros de que representam o Brasil profundo, conservador, religioso e iliberal, que desejam libertar das garras de uma elite política, universitária e judiciária progressista.

Vinicius Torres Freire - Lula, Campos Neto e os juros

Folha de S. Paulo

Presidente também coloca seu preferido para o BC entre a cruz e a caldeirinha

Luiz Inácio Lula da Silva bate em Roberto Campos Neto sem trégua. Combinou com seus líderes no Congresso e com o PT um ataque coordenado contra o presidente do Banco Centralcomo adiantou Mônica Bergamo nesta Folha. A presidente do PT, Gleisi Hoffman, diz que o partido vai à Justiça contra Campos Neto.

Lula tem razão de bater na militância política descarada de Campos Neto. Erra ao bater na política de juros do Banco Central, o que faz desde quando presidente eleito. Tenha ou não razão quanto à Selic, quase tanto faz. É contraproducente.

Para piorar, Lula vai assim acorrentar Gabriel Galípolo entre a cruz e a caldeirinha. Não vale a pena o custo de fazer de Campos Neto um bode expiatório, seja para juros altos, seja para o efeito de eventuais cortes impopulares de gastos.

Bruno Boghossian – A janela do governo

Folha de S. Paulo

Pesquisa traduz azedume, mas mostra que Lula está longe de uma crise de confiança nas ruas

Lula entrou em seu segundo ano de governo com uma virada de maré nos sentimentos da população sobre a economia. Desde dezembro, a avaliação positiva sobre a situação econômica do país caiu seis pontos. O eleitor demonstrou mais desconforto com sua condição pessoal e exibiu menos otimismo em relação aos próximos meses.

Se o presidente buscar uma boa notícia na nova pesquisa do Datafolha, poderá ver que os índices de percepção sobre a economia pararam de cair. O percentual de entrevistados que consideram que a própria situação pessoal piorou nos últimos meses passou de 28% para 24%. A variação foi puxada principalmente pelos jovens e pelos mais pobres.

Igor Gielow - Aprovação de Lula chega a 36% e se descola da reprovação, agora em 31%

Folha de S. Paulo

Resultado estável interrompe curva negativa para presidente; 40% acham que a economia vai melhorar

Nova pesquisa do Datafolha mostra que a aprovação ao trabalho do presidente Lula (PT) se manteve estável ante a rodada anterior, realizada em março, oscilando de 35% para 36%. Já a reprovação foi de 33% para 31%, enquanto o regular passou de 30% para 31%.

Apesar da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos, que indica a estabilidade no quadro geral, o empate técnico entre quem considera Lula ótimo/bom e ruim/péssimo do levantamento passado deu lugar a uma leve melhora em favor do presidente.

A curva negativa para Lula, que vinha se desenhando desde o fim do ano, foi invertida nesta pesquisa, que marca um ano e seis meses do terceiro mandato do petista à frente do Palácio do Planalto. O instituto ouviu 2.008 eleitores em 113 municípios brasileiros de 4 a 13 de junho.

A grande turbulência na área econômica do governo, com declarações belicosas de Lula contra o presidente do Banco CentralRoberto Campos Neto, e a percepção do mercado de que o governo não tem responsabilidade fiscal que fez o dólar subir cerca de 10%, ainda não se refletem no ânimo da população.

Entrevista | Bresser-Pereira: Juros altos são herança maldita do Plano Real

Por Douglas Gavras / Folha de S. Paulo

Economista que comandou a Fazenda comemora sucesso da moeda, mas critica mercado pela captura do patrimônio público

Na visão de Luiz Carlos Bresser-Pereira, 89, ter domado a inflação descontrolada que castigava o Brasil antes do lançamento do real é, sem dúvida, o grande mérito do plano econômico que em 2024 chega aos 30 anos.

Mas é preciso também fazer críticas a ele. "As pessoas esquecem, porque ficam só no oba-oba: Sim, o Plano Real foi uma maravilha, mas junto com ele foi feita uma elevação de juros absolutamente alta", diz o economista, que avalia que o país caiu em uma armadilha de juros e câmbio.

Ainda que considere o saldo das últimas três décadas positivo, o professor emérito da FGV (Fundação Getulio Vargas), que também foi ministro da Fazenda no governo de José Sarney, aponta que a equipe que fez o plano e depois ajudou a compor o governo Fernando Henrique Cardoso adotou completamente a ortodoxia liberal.

Quais são as primeiras lembranças que o sr. tem do Plano Real?

Em 1993, fui visitar [o então ministro da Fazenda] Fernando Henrique Cardoso e disse a ele: se você levar adiante esse plano de estabilização, no ano que vem vai ser eleito presidente da República.

Nem se falava nisso naquela época, mas eu sabia que nós estávamos com uma alta inflação inercial, autônoma da demanda, que aumentava automaticamente porque os agentes econômicos, as empresas, os consumidores, os trabalhadores, todos, indexavam os seus preços formal e informalmente.

Tinha desenvolvido o modelo básico dessa teoria com o economista Yoshiaki Nakano, antes do pessoal da PUC-Rio, com quem sempre me associei nos esforços para combater a inflação. Quando eles fizeram o Plano Cruzado [em 1986], ajudei no que pude. Quando eu fiz o meu Plano Bresser [em 1987], eles também me ajudaram de várias maneiras.

Em 29 anos do Plano Real, R$ 1 de hoje valeria apenas R$ 0,12 na época

Por Bruna Miato / g1 / O Globo (publicado em 01/07/ 2023)

A inflação acumulada desde junho de 1994, quando o real foi lançado, é de 677,50%. Para ter o mesmo poder de compra da época, seriam necessários R$ 7,77 para cada R$ 1.

Desde o lançamento do Plano Real em 1° de julho de 1994, durante o governo de Itamar Franco, a moeda nacional - desenvolvida para lidar com uma inflação que ultrapassava os 2.000% em um ano - já perdeu muito de seu valor.

Com uma inflação acumulada de 677,50% desde aquela época até maio de 2023, mês da última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atualmente, o R$ 1 de hoje valeria apenas R$ 0,12 na época, aproximadamente.

O poder de compra da população diminuiu consideravelmente nestes 29 anos desde a adoção do real: se hoje alguém quisesse comprar o R$ 1 daquela época, precisaria desembolsar R$ 7,77, de acordo com a calculadora de inflação do Banco Central do Brasil (BC).

Para ter o mesmo poder de compra de julho de 1994, seriam necessários, hoje:

R$ 38,87 para uma nota de R$ 5 da época;

R$ 388,75 para uma nota de R$ 50 da época;

R$ 777,50 para uma nota de R$ 100 da época.

Poesia | De quem é o olhar, de Fernando Pessoa

 

Música | Lucy Alves - Feira de Mangaio