O Globo
A decisão do governador do Rio Grande do Sul de permanecer no PSDB, em vez de
aventurar-se numa candidatura à Presidência da República pelo PSD, implica
também aceitar a decisão do partido de ter o governador João Doria como seu
candidato oficial. A não ser que até junho, quando os partidos envolvidos na
negociação para um candidato único que possa derrotar Bolsonaro e Lula se
decidirão, Doria não tenha saído da posição secundária em que aparece hoje na
pesquisa eleitoral do instituto Datafolha.
Eduardo Leite, por sua vez, terá de aparecer na mesma pesquisa à frente de
Doria para poder reivindicar o apoio de seu partido. Se conseguir isso, mesmo
tendo deixado o governo do Rio Grande do Sul, terá argumentos para se impor à
maioria do partido, que continua sob o controle de Doria. Terá atingido duas
das três metas acordadas para a definição do candidato único: estar melhor na
pesquisa e ter mais capacidade de aglutinação.