Valor Econômico
Divisão entre MDB e PSDB travam
pré-campanha da senadora
Após meses de disputa de bastidores e
complexa articulação, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) conseguiu viabilizar sua
pré-candidatura à Presidência com PSDB e Cidadania - conjunto que se
autointitula “centro democrático” e se apresenta como alternativa à
polarização.
Na sexta-feira, recebeu um manifesto de
apoio assinado por diversos empresários e economistas, em um arco de Horacio
Lafer Piva a Armínio Fraga, passando por Luis Stuhlberger, Fabio Barbosa e
Affonso Celso Pastore. O objetivo do grupo, segundo um dos signatários, Pedro
Passos, era criar um fato para que o nome da senadora se tornasse mais
conhecido nacionalmente.
Na política regional, entretanto, ela entra
na disputa sem palanques efetivos em Estados estratégicos. Com 2% ou 3% nas
pesquisas, Tebet não transmite segurança a pré-candidatos a governador de
siglas aliadas. Em locais com tradição à esquerda, como Piauí, Rio Grande do
Norte, Bahia e Ceará, os arranjos de emedebistas são com o PT.
O MDB deve indicar vices, por exemplo, aos
petistas Jerônimo Rodrigues, Bahia, e Fátima Bezerra, candidata à reeleição no
Rio Grande no Norte. No Piauí, a aliança local PT-MDB também é antiga.
Já em regiões mais bolsonaristas,
candidatos a governador por MDB ou PSDB, por cautela, tendem a manter distância
de Tebet para não desagradar o eleitorado.