Revista Istoé
Nada indica que o presidente vá transferir a faixa presidencial ao seu sucessor. Isso porque é líquido e certo a sua derrota eleitoral em outubro
Como esperado, Jair Bolsonaro tem ampliado
os ataques aos poderes constituídos. São tão constantes as agressões dirigidas
especialmente aos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior
Eleitoral, que, infelizmente, são recebidas como se fossem ações políticas e
não graves violações constitucionais, além da quebra do decoro presidencial.
Nada indica que Bolsonaro vá transferir a faixa presidencial ao seu sucessor. Isso porque é líquido e certo a sua derrota eleitoral em outubro. Não será a primeira vez na história da República que isto irá ocorrer. Em 1894, Floriano Peixoto não aguardou a chegada de Prudente de Morais ao Palácio do Itamaraty, então sede do governo. Abandonou o local e foi para sua residência. Quase cem anos depois, João Figueiredo fez a mesma coisa e não esperou José Sarney no Palácio do Planalto, em Brasília. Em ambos os casos, os presidentes eram militares, porém, registre-se, Jair Bolsonaro não está à altura de nenhum dos dois, especialmente do Marechal de Ferro.