O Globo
A farra com o dinheiro público para tentar
reeleger o presidente Jair Bolsonaro está chegando a níveis criminosos, pelo
menos do ponto de vista da legislação eleitoral. O presidente da Câmara, Arthur
Lira, está usando todos os artifícios regimentais para apressar a aprovação do
aumento do Auxílio Brasil e das benesses concedidas para subsidiar o preço do
diesel e da gasolina indiscriminadamente a caminhoneiros, taxistas, motoristas
de aplicativos, uma vasta gama de beneficiários que atinge da classe pobre às
médias e altas.
Tudo para apressar os trâmites e permitir que as medidas tenham validade a
partir de agosto, dois meses antes das eleições. A discussão mais absurda é a
que se desenvolve nos últimos dias, sobre o estabelecimento do estado de
emergência. O governo quer transformar a crise econômica que ele mesmo criou em
pretexto para não ser punido pela ilegalidade que está cometendo.
A mais exemplar atitude de um Senado acovardado e corrompido foi a votação
quase unânime da “PEC Kamikaze”. Apenas o senador José Serra manteve-se
íntegro, votando contra uma alteração constitucional claramente
inconstitucional, que deveria ser contestada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Dificilmente isso acontecerá porque a classe política está empenhada em se
beneficiar de atitudes populistas às vésperas da eleição ou então amordaçada
pelo medo de ser considerada contrária aos cidadãos em dificuldade.
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