Valor Econômico
Senador cotado para presidir a estatal quer
que empresa pense menos em dividendos e mais no longo prazo
“Como
obter lucro com esta sala?”, me questionou, em uma conversa durante a campanha
eleitoral e apontando para os móveis de seu gabinete, o senador Jean Paul
Prates (PT-RN). Ele mesmo, segundos depois, começou a responder: “É só sair
vendendo tudo. A mesa, as cadeiras, a estante onde estão os livros, os
utensílios de escritório. Vamos fechar um ótimo balanço e eu vou esperar os
cumprimentos pelo desempenho. Só não terei onde sentar e trabalhar depois”.
Essa é a analogia que faz Jean Paul, mestre
em economia do petróleo ex-consultor na área de energia, sobre a Petrobras.
Cotado para presidir a estatal, ele se reuniu em outubro com pouco mais de 60
analistas de mercado e investidores para expor suas ideias. Fez isso na
condição exclusivamente de senador e especialista, sem insinuar uma
participação no novo governo. No entanto, como alguém que o próprio Lula ouve
frequentemente quando o assunto é petróleo, foi acompanhado com muita atenção
por quem estava nas conversas - gente d BTG, JP Morgan, Bradesco, entre outros
pesos-pesados da Faria Lima.
O pensamento de Jean Paul Prates sobre a
petroleira
Eis os principais pontos das falas de Jean
Paulo que foram destacados por esses analistas: