O Globo
Ao optar por não ir ao debate do SBT, Lula
joga na retranca, mas deixa de aproveitar a boa maré de sua candidatura
A campanha no primeiro turno ingressa em
sua reta final com a iminência de dois debates e o cálculo por parte das
campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro a respeito dos perigos
de atacar sem retaguarda ou fechar a retranca cedo demais e correr o risco de
levar um gol no contra-ataque.
Lula está, neste momento, com sua prancheta
na segunda tática. A decisão de não ir ao debate do SBT faz parte dessa
estratégia de recuar o time depois de alguns gols nos últimos dias, que lhe
deram certa margem no placar. Mas não é, de forma alguma, desprovida de muitos
riscos.
O petista e seu estado-maior avaliam o
debate marcado para o próximo fim de semana na emissora de Silvio Santos, que
vem a ser sogro do ministro das Comunicações, Fábio Faria, como um jogo no
estádio do adversário.
Trata-se de uma avaliação que peca pelo
excesso de cautela. O debate se dará num pool de veículos que inclui jornal,
portal de internet e rádios, o que impede de saída que haja qualquer
“pegadinha” no horizonte.
Deixar Bolsonaro sem marcação no momento em que, ao presidente, só resta ir para o tudo ou nada é uma decisão bastante controversa. Qualquer ataque ficará, por óbvio, sem resposta. Será imediatamente amplificado nas ruidosas redes bolsonaristas e, nos dias seguintes, nos derradeiros programas do horário eleitoral.

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