segunda-feira, 24 de abril de 2023

Opinião do dia – José de Souza Martins* (Fatalidade)

“Em graus variáveis, a anomia existe em todas as sociedades, em níveis compensáveis pela vontade coletiva em favor de elementos de identidade e de concepções relativas ao primado do bem comum. O que vem sendo chamado de política do ódio tem o deliberado propósito de dividir a sociedade, criar insegurança e medo, tornar a fatalidade mais do que um pretexto, um instrumento de controle social e político. A fatalidade se tornou um poder.”

*José de Souza Martins é sociólogo. Professor Emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Professor da Cátedra Simón Bolivar, da Universidade de Cambridge, e fellow de Trinity Hall (1993-94). Pesquisador Emérito do CNPq. Membro da Academia Paulista de Letras. Entre outros livros, é autor de "As duas mortes de Francisca Júlia A Semana de Arte Moderna antes da semana" (Editora Unesp, 2022). “A explicação de fatalidades no Brasil”, Valor Econômico, 20/4/2023.

Paulo Fábio Dantas Neto* - Turbulento abril: uma âncora na cabeça, bumerangues na mão

Se trago as mãos distantes do meu peito
É que há distância entre intenção e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Assombra-me a súbita impressão de incesto

 (“Fado tropical”, de Ruy Guerra e Chico Buarque)

Depois de ler os artigos publicados, neste 22 de abril, da jornalista Dora Kramer (“Trancos e barrancos” – Folha de SP) e do professor Pablo Ortellado (“Nada de bom pode sair do circo da CPMI” – O Globo), poderia me dispensar de escrever a coluna, enviar aos leitores os artigos citados e usar para outros fins este sábado de verão resiliente em Salvador. Acontece que o clima quente, abafado, semanas após findo o verão oficial, recusa-se a deixar a cidade, também por estar prenhe de nuvens recentemente formadas na política brasileira. A expectativa de que, a partir do céu da política, se atire ao mar uma âncora econômica e social para fincar em terreno firme o barco comum do país, avariado após uma década remando contra a maré, estremece sob impacto de raios muy amigos, anunciadores de trovões. Raios que exumam receios de nova tempestade em firmamento antes promissor, até prenunciador, conforme os mais otimistas, de um chão de estrelas. A reversão de turbina prende o colunista ao teclado em busca de compreender um pouco mais a cena atual, inclusive observando vértices entre política e sociedade.

O presidente Lula está em Portugal e por lá ficará cinco dias. Entre as cerimônias, a entrega, no emblemático dia 25, do prêmio Camões a Chico Buarque, homenagem luso-brasileira ao grande artista da nossa mãe gentil. Três dias depois, Chico estará no palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, brindando o seu público progressista com boa música e um provável relato simpático, talvez entusiasmado, do momento ímpar da viagem, em que o presidente terá acertado no cravo depois de passar duas semanas golpeando a ferradura, em matéria de política externa. Nem tudo, contudo, será gentileza a Lula, nessa nova visita. Há visível contraste entre a recepção ali oferecida, em novembro, ao então presidente eleito e a que se desenha, agora, ao presidente efetivo. Noves fora cravos amistosos em recinto fechado e zagueiros russos espinhosos na rua (sejam extremistas empedernidos, ou ucranianos ressentidos), na diplomacia e na política oficial (salvo dribles desconcertantes que a torcida crente espera sempre de seus ídolos) uma polidez mais circunspecta assume o lugar da simpatia de ontem e uma expectativa atenta (para dizer o máximo), o lugar do entusiasmo de anteontem. É de depreciação veloz do capital político e simbólico adquirido nas históricas eleições brasileiras de outubro de 2022 que se fala ao se pensar nos estragos que o que se pode chamar de modo Amorim de fazer política externa causou à imagem de Lula, do governo e a um processo de reabilitação institucional do papel do Itamaraty que, bem ou mal, começou mesmo antes da posse do presidente.

Fernando Gabeira - Estilhaços da guerra na Ucrânia

O Globo

Lula começou a perder a condição de mediador ao sugerir que os ucranianos abrissem mão da Crimeia, invadida em 2014

Estilhaços da guerra na Ucrânia feriram levemente o Brasil, num momento ascendente de nossa política externa. O governo Lula conseguiu romper de forma rápida o isolamento a que Bolsonaro nos condenou. Primeiro, foi o discurso em Sharm el-Sheikh, no Egito, afirmando a política de preservação da Amazônia e do desenvolvimento sustentável. Em seguida, foram as viagens: Argentina, Uruguai, Estados Unidos e China. As coisas pareciam tão bem que Lula decidiu trabalhar pela paz na Ucrânia. É compreensível, porque segue a tradição brasileira e os fundamentos de nossa política externa: a defesa da paz.

Durante a campanha, Lula já fizera uma declaração ambígua sobre a guerra na Ucrânia. Mas isso desapareceu no oceano de declarações de uma eleição nacional em que política externa quase não conta. Lula afirmou que tanto a Ucrânia quanto a Rússia eram culpadas, pois numa guerra ambos os contendores são responsáveis. Talvez tenha sido uma manifestação radical do pacifismo que não bate com a realidade. A Ucrânia foi invadida. Os vietnamitas foram culpados por guerrear contra franceses e americanos invasores? Os antifascistas foram culpados na Guerra Civil da Espanha? Os aliados, por combaterem o nazismo?

Miguel de Almeida - A economia criativa pede passagem

O Globo

Em meio às lulices dos últimos dias, um dado passou despercebido: em 2020, a economia da cultura e das indústrias criativas (ECIC) movimentou cerca de R$ 230,14 bilhões. O valor corresponde a 3,11% do PIB brasileiro. Não é pouca coisa. Vou desenhar para que os bolsonaristas e os velhos petistas entendam o alcance dos dados: no mesmo ano, o setor automotivo representou 2,1%.

Os dados, divulgados pelo Observatório Itaú Cultural, foram montados a partir de uma metodologia própria com base no cruzamento de informações recolhidas junto ao IBGE. A ECIC reúne segmentos como cinema, rádio, mercado editorial, música, TV, artes cênicas e visuais, publicidade, design, museu, patrimônio e moda.

Outro número importante: em 2020, a ECIC empregava em torno de 7,4 milhões de trabalhadores em cerca de 130 mil empresas. De novo, é de tirar o chapéu. O PIB ECIC em 2019 representava 2,81% das riquezas brasileiras. Cresce bastante, apesar da pasmaceira brasileira.

Irapuã Santana - Violência, educação e discurso

O Globo

Alunos de unidades que passaram por seis ou mais operações policiais em 2019 apresentaram redução de 64% no aprendizado

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que os sistemas de educação básica tenham, no mínimo, 200 dias letivos para a garantia de um calendário efetivo de atividades docentes.

Uma pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) diz que 74% das escolas municipais cariocas vivenciaram ao menos um tiroteio no entorno em 2019, relacionando dados do Instituto Fogo Cruzado aos fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação do Rio sobre operações policiais próximas das escolas. O fato mais aterrorizante é que 232 unidades vivenciaram 21 ou mais tiroteios (uma em cada cinco).

Angela Alonso* - CPI ou furdunço?

Folha de S. Paulo

Se bem conduzida, comissão do 8/1 pode ser acerto de contas da nação

O Gonçalves Dias da vez é de uma pátria longe da edênica de sabiás e palmeiras. Sua imagem na invasão do Planalto abre-se a interpretações —agiu em suporte ou desbaratamento? O tempo da política é o instantâneo e, na dúvida, a cabeça do general, que não é poeta, rolou.

A celeridade do gesto governista não conteve a sanha da oposição em alongar o problema. Aí vem CPI (ou CPMI, o "m" indica o misto de senadores e deputados). O objetivo, em princípio, é esclarecer o 8 de janeiro. Mas, dada a polidez e o autocontrole dos oposicionistas, explicitados em sessão recente pelo deputado 03, pode desandar para outro propósito.

Reconstruir os fatos e responsabilizar os envolvidos, direta ou indiretamente, é imperativo. Já se investigou muito, mas também é muito o que falta. O evento ainda nem tem nome próprio. Prevalece o desnorteio nominativo: invasão, atos antidemocráticos, intentona, terrorismo, golpe. Nomear é delicado porque encaixa o acontecimento num molde, encaminha uma leitura.

Marcus André Melo* - O Jogo da Culpa

Folha de S. Paulo

A CPI será a arena para o Jogo da Culpa e aumenta o custo do apoio de Lira

Uma regularidade empírica já bem estabelecida na ciência política é que há um viés de negatividade na vida política. Os atores políticos preocupam-se menos com a reivindicação de crédito por ações benéficas do que com a negação de culpa por eventos com consequências negativas. O viés está associado à maior saliência dos custos em relação aos benefícios nos processos de decisão individual.

Em estudo experimental recente, Joshua Robison demonstrou que as estratégias de transferência de culpa são muito menos efetivas quando são oferecidas contra narrativas para os eventos negativos, comparadas com os casos em que não são oferecidas, controlando pelo grau de credibilidade das fontes (e se elas são independentes ou partidárias).

Ana Cristina Rosa - Entre a fome e o gato

Folha de S. Paulo

Relatório inédito evidencia como a pobreza energética aprofunda desigualdades

Já pensou no que você faria se tivesse de escolher entre comprar comida e pagar a conta de um serviço essencial como o fornecimento de energia elétrica? Esse é o tipo de dilema que assombra cotidianamente a vida de milhões de brasileiros privados de direitos básicos.

A pobreza é um fenômeno complexo, que sustenta a exclusão e a vulnerabilidade e ultrapassa a questão da renda. Não por acaso a chamada "pobreza energética" remete à insegurança alimentar, falta de acesso à informação e à educação – entre outros direitos da cidadania.

Considerando que a perspectiva interfere no diagnóstico de problemas sociais, a Rede Favela Sustentável e o Painel Unificador das Favelas decidiram assumir o controle da narrativa sobre esse tema nas comunidades do Rio de Janeiro.

Ruy Castro - Em defesa da empada

Folha de S. Paulo

Certas expressões ridicularizam os alimentos; muitas são de quando se amarrava cachorro com linguiça

Em coluna recente (16), comparei o ex-ator e ex-presidente dos EUA Ronald Reagan a uma empada. O leitor Marcos Benassi escreveu para defender a empada --compará-la a Reagan era uma ofensa, ele disse. E com razão. Admito publicamente o ato falho --logo eu, devorador das empadas do Caranguejo, em Copacabana-- e peço perdão. A partir de agora, vou pensar duas vezes antes de usar expressões que diminuam ou ridicularizem os alimentos. Exemplos.

Felipe Moura Brasil – Negacionista de si próprio

O Estado de S. Paulo

Quando o caldo entorna, Lula camufla suas pegadas com falsas narrativas, ecoadas por amigos

Em Portugal, Lula negou (“eu nunca igualei os dois países”) o Lula da China (“a guerra só está interessando, por enquanto, aos dois”), o Lula dos Emirados Árabes Unidos (“a decisão da guerra foi tomada por dois países”; Putin e Zelenski não tomam “a iniciativa de parar”), o Lula do Brasil (“quando um não quer, dois não brigam”) e o Lula da revista Time (“ele é tão responsável quanto o Putin, porque numa guerra não tem apenas um culpado”).

Para Lula mudar de princípios, basta mudar Lula de ambiente. Repercutindo a propaganda russa, ele vem adulando com falsas equivalências o tirano que mandou invadir e atacar um país democrático vizinho; culpando a vítima pela invasão; e acusando os EUA e a Europa, que saíram em socorro da Ucrânia, de incentivarem a guerra e darem “contribuição para a continuidade” dela.

Denis Lerrer Rosenfield* - Contradições da esquerda

O Estado de S. Paulo

O PT no poder esteve e está imerso em dilemas semelhantes aos da social-democracia alemã no final do século 19 e nas primeiras décadas do século 20

A social-democracia alemã, no final do século 19 e nas primeiras décadas do século 20, era um partido marxista inserido numa sociedade capitalista que se desenvolvia rapidamente, graças à indústria têxtil e, depois, à mineração e à metalurgia. Na perspectiva marxista, sua finalidade última (Endziel) era a implantação de uma sociedade comunista, baseada nos avanços da “luta de classes”, tendo como desfecho a revolução, identificada à salvação da Alemanha e da humanidade enquanto tal. No entanto, tal formulação era de pouca valia na condução dos assuntos corriqueiros e práticos do partido, que tinha se tornado uma grande organização, baseada em sindicatos fortes, com uma folha expressiva de salários e tendo suas próprias empresas, das quais extraía lucro.

Bruno Carazza* - Quando o pânico legisla

Valor Econômico

Ataques nas escolas estimulam epidemia de projetos ruins

Os ataques à escola Thomazia Montoro, em São Paulo, e à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, ocorridos em apenas dez dias, geraram pânico entre crianças, adolescentes e pais. Tentados a dar uma resposta diante da boataria de que uma “epidemia de ataques” estaria sendo planejada, não demorou muito para nossos políticos demonstrarem mais uma vez seu despreparo para indicar soluções para problemas complexos.

A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) foi a mais rápida. Tenente do Exército e integrante da bancada da bala, a novata protocolou no mesmo dia em que um adolescente matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro o PL 1.446/2023, que torna obrigatória a instalação de portais de raios-x nas escolas públicas e privadas do país. Era só o começo.

Segundo levantamento que realizei na página da Câmara na internet, de 27/03 a 20/04 foram apresentados 565 projetos de lei ordinária. Desses, nada menos que 104 (18,4%) tratavam de violência em ambiente escolar, cada um apresentando um caminho diferente para se prevenir e coibir atentados contra nossas crianças e adolescentes.

Alex Ribeiro - Por que o juro alto não baixou mais a inflação?

Valor Econômico

Impulso fiscal e juro neutro atrapalham o trabalho do Banco Central

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu na semana passada, em um evento em Londres, o que já estava implícito na comunicação do Comitê de Política Monetária (Copom): a queda da inflação está mais lenta do que o esperado, dados os altos níveis dos juros reais.

Do ponto de vista prático, ele deu uma sinalização importante: como a inflação não está caindo da forma prevista, não é possível antecipar quando o Copom poderá começar a cortar a taxa básica de juros. Isso significa que o mercado financeiro, que vinha precificando chances cada vez maiores de uma baixa prematura da Selic, deveria moderar as suas apostas.

Mas fica a pergunta: por que a Selic nos atuais 13,75% ao ano, tão combatida pelo governo, não está surtindo o efeito esperado para baixar a inflação? Os juros reais estão acima de 7% ao ano desde o segundo trimestre de 2022. Apesar disso, a média dos núcleos de inflação favoritos do BC, que excluem preços mais voláteis, segue em 7,8%, no acumulado em 12 meses. A inflação dos serviços mais afetados pelo ciclo econômico também está em 7,8%.

Entrevista | Yuval Harari: ‘Em Israel, tentam evitar a catástrofe e salvar a democracia’

Por Paola de Orte, Especial para O Globo

Yuval Noah Harari, um dos maiores pensadores da atualidade, diz que há risco de seu país, que completa 75 anos, ser dominado por um fundamentalismo messiânico com impactos globais

Nesta semana, Israel comemora 75 anos de fundação — no calendário judaico, uma vez que a criação do país ocorreu em 14 de maio de 1948 — vivendo um dos momentos mais críticos da sua História. Para Yuval Noah Harari — um dos pensadores mais importantes da atualidade, o autor dos best-sellers “Sapiens” e “Homo Deus” — há o risco de seu país virar uma teocracia messiânica. E, como tem tecnologia nuclear, poder militar e conhecimento tecnológico, os efeitos poderiam ser globais: “O que está acontecendo aqui pode ter impacto direto em processos e eventos muito além das fronteiras de Israel e até do Oriente Médio”, diz ele, sobre a proposra de reforma do Judiciário de Benjamin Netanyahu, que pode acabar com o controle sobre o governo e tem gerado confrontos que estão afastando investimentos, gerando violência e tornando a nação inviável.

Aos 47 anos, o pensador, que nasceu em Qiryat Atta — cidade no Norte do país, entre Haifa e Nazaré — Israel pode estar jogando fora uma história de conquistas importantes. Por isso, diz, muitos lutam: “as forças seculares e democráticas em Israel estão fazendo tudo o que podem para impedir esta catástrofe histórica e salvar a democracia israelense”.

O que a fundação de Israel significou para o mundo?

O estabelecimento de Israel reparou uma enorme injustiça histórica: a perseguição às comunidades judaicas durante séculos na maior parte das regiões em que viviam, culminando com o Holocausto. Foi também parte do processo de colapso dos impérios europeus e do estabelecimento de Estados-nação independentes após a Segunda Guerra. Quando me pedem para refletir sobre o país em seu 75º aniversário, digo que é preciso julgar sua política em comparação com outros países fundados ao mesmo tempo. Assim, Israel é talvez o mais bem-sucedido em termos econômicos, de cultura e de tecnologia, e o incrível é que conseguiu isso apesar de condições muito difíceis.

O que a mídia pensa - Editoriais / Opiniões

CPMI é uma arma que pode e deve se voltar contra Bolsonaro

Valor Econômico

O governo subestimou o poder das forças antidemocráticas que patrocinaram a aventura de janeiro

Será uma das mais bizarras comissões parlamentares de inquérito da história - e não por falta de concorrência -, a que será formada para investigar a aventura golpista de 8 de janeiro. Mais de 1.300 pessoas foram presas pelos atos de vandalismo que destruíram parcialmente o Palácio do Planalto, a sede do Supremo Tribunal Federal e o Congresso, executados por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, que perdeu as eleições, não reconheceu sua lisura e não transmitiu oficialmente o cargo. Representantes dos suspeitos, os parlamentares bolsonaristas, agora aninhados principalmente no PL, insistiram em convocar a CPMI e, no final, conseguiram.

A CPMI será usada como propaganda de desgaste do governo pelos bolsonaristas e a chance de ela se tornar mais um circo histérico, repleto de fake news, é grande. A tese subjacente à convocação da comissão vem do universo paralelo radical: o governo Lula teria forjado uma tentativa de golpe contra si mesmo. Lula e seus principais assessores, com suas hesitações, contribuíram para turvar o ambiente nítido de responsabilidades pelas arruaças. A cadeia dos fatos que desembocaram nos atos criminosos não deixa dúvidas de que Jair Bolsonaro foi, no mínimo, o responsável intelectual pela tentativa golpista, ao lado de militares em posto de comando no Exército e nos vários órgãos encarregados da inteligência e da segurança de Brasília.

Poesia | Carlos Drummond de Andrade - Verbo Ser

 

Música | Paulinho da Viola - Pecado Capital