Apresentador participou de encontro com parlamentares do RenovaBR, entidade que ele apoia
Joelmir Tavares | Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - O cardápio de um jantar promovido pelo RenovaBR para apresentar os resultados do primeiro ano de funcionamento do grupo teve salada verde com queijo brie e peito de pato curado, medalhão recheado com fonduta (tipo de fondue) de queijos, espumante francês —e também política.
Durante o encontro, na noite desta terça-feira (4), na Casa Fasano (salão de eventos no Itaim Bibi, zona oeste), o apresentador Luciano Huck —um dos principais apoiadores e divulgadores da entidade— disse aos 17 participantes eleitos em outubro e a aos mais de 400 convidados que a transição para o governo Jair Bolsonaro (PSL) exige paciência.
"O momento do país não é de formação de oposição, mas é, sim, de diálogo. Acho que a agenda do país hoje, independentemente de ideologia, tem muita coisa que é necessária para que o país não quebre", afirmou no microfone o comunicador, que quase foi pré-candidato à Presidência da República.
Na entrada, questionado por jornalistas sobre a composição do novo governo, Huck afirmou: "Eu acho que neste momento não é hora de fazer oposição. A gente tem que dar um crédito e ver o que vai acontecer. As agendas que forem positivas para o país a gente tem que apoiar. E onde a gente não concordar, a gente tem que se manifestar".
Ele elogia, por exemplo, a pauta do presidente eleito na economia: "Tem uma clara agenda econômica eficiente, tem bons nomes técnicos ali". Diz que o país deve fazer reformas, mas não pode descuidar da área social nem prescindir da redução da desigualdade, argumento que repisa em suas aparições públicas.
Antes do segundo turno, o comunicador e empresário se opôs à articulação de uma nota anti-Bolsonaro no Agora!, movimento de renovação política do qual faz parte.
O apresentador conduziu no palco uma pequena entrevista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e o governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).