Feminicídios em alta desafiam o poder público
O Globo
Primeiro semestre deste ano registrou maior
incidência do crime desde o início da série histórica
São perturbadoras as estatísticas de
feminicídio compiladas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O
levantamento, com base nos dados das secretarias estaduais, registra 722
feminicídios no Brasil no primeiro semestre de 2023, maior número desde o
início da série histórica, em 2019. Apesar das boas intenções de governos, ONGs
e movimentos sociais, o país ainda não sabe como lidar com o flagelo.
O número representa um aumento de 2,6% na comparação com os 704 feminicídios no primeiro semestre do ano passado. Pode não parecer muito, mas o percentual esconde disparidades que demandam ação. No Sudeste, única região a apresentar crescimento nos casos, a alta foi de 16,2%, de 235 para 273. Das 27 unidades da Federação, 14 registraram mais feminicídios, 12 menos e uma manteve estabilidade. Na comparação, a maior alta percentual ocorreu no Distrito Federal (250%).