Saneamento está melhor, mas quadro ainda é vergonhoso
O Globo
Apenas investimentos privados poderão
oferecer condições sanitárias dignas, revela novo estudo
Houve, nos últimos anos, avanços no
saneamento básico brasileiro, mas a situação continua precária, revelam os
dados mais recentes do ranking elaborado pelo Instituto Trata Brasil em
parceria com a GO Associados. Para acabar com os indicadores vergonhosos, é
preciso acelerar os investimentos. O Brasil perdeu muito tempo deixando o setor
à mercê das empresas estatais de água e esgoto, sem capacidade de investir e
dominadas por interesses políticos. Apenas com o Novo Marco Legal do
Saneamento, em 2020, a situação passou a melhorar. Infelizmente, em ritmo aquém
do necessário para oferecer condições sanitárias dignas à população.
Agora, a questão a resolver é como acelerar os investimentos para atingir a meta de, até 2033, levar água tratada a quase toda a população e o esgoto a 90%. Pelos últimos dados, falta água potável a 16,9% dos brasileiros, e 44,8% não têm coleta de esgoto. Para universalizar os serviços, estima o documento, seria preciso dobrar o volume atual de investimentos — de R$ 22,5 bilhões verificados em 2022 para R$ 46,3 bilhões anuais até 2033.