Redução da jornada de trabalho não passa de engodo
O Globo
PIB brasileiro sofreria queda de até 16% caso
houvesse mais uma folga semanal, estima estudo da Fiemg
Os projetos em tramitação no Congresso
defendendo a redução da jornada semanal de trabalho ganharam apoio de setores
da esquerda com base numa visão idealista e distorcida da realidade econômica.
Defensores do fim da jornada de 44 horas semanais — ou 6x1, com seis dias
trabalhados e um de folga — ignoram (ou fingem ignorar) que a mudança teria
consequências dramáticas para o crescimento e a geração de riqueza.
Num cenário otimista, reduzi-la para 40 horas, com duas folgas semanais, provocaria queda de 14,2% no PIB, com perda de 16 milhões de empregos e de R$ 102 bilhões em impostos, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Tal cenário considera que haveria aumento de 1% na produtividade do trabalho, patamar muito superior ao 0,2% anual registrado entre 1981 e 2024. Sem esse aumento, a queda no PIB chegaria a 16%, com perda de 18 milhões de empregos e de R$ 118 bilhões em impostos, destinados a investir em educação, segurança ou saúde.