terça-feira, 22 de abril de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Que sucessor saiba manter legado de Francisco

O Globo

Ao longo de 12 anos de papado, pontífice argentino deu inúmeras contribuições para modernizar Igreja

A sensatez, a tolerância e o ímpeto reformador demonstrados ao longo dos 12 anos de papado do argentino Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, farão falta à Igreja e ao mundo. Francisco, papa improvável vindo “do fim do mundo”, como ele próprio dizia, deixa um legado de transformação, inclusão e descentralização que desafiará seu sucessor.

Foram muitas as contribuições do primeiro pontífice latino-americano para chacoalhar uma Igreja mergulhada em crises e às voltas com a perda de fiéis. Depois de pouco mais de uma década, as reformas podem não ter alterado a doutrina católica, nem ter sido tão abrangentes quanto alguns desejariam, mas, contrariando setores conservadores poderosos, Francisco trouxe a Igreja para o século XXI.

O caminho da Igreja de Roma depois de Francisco – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense

Os principais apoiadores de Francisco, progressistas e reformistas, querem um novo 'aggiornamento' da Igreja, com reformas pastorais e mais diálogo com o mundo moderno

Aos 88 anos, morreu papa Francisco, o argentino Jorge Mario Bergoglio, depois de longa enfermidade. Não foi de bronquite nem da pneumonia dupla que o mantiveram hospitalizado, mas de insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). Sua morte não chegou a ser inesperada, devido à saúde frágil, mas surpreendeu, porque, no domingo de Páscoa, compareceu à bênção Urbi et Orbi, realizada na Praça de São Pedro, sendo aclamado pelos fiéis.

Contra as recomendações médicas, no domingo, o pontífice recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, durante um breve encontro. O primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, e sua família também se reuniram com Francisco.

Como sempre acontece, nos bastidores do Vaticano iniciam-se as articulações para sua sucessão, com a chegada dos cardeais que participarão do funeral. A eleição deve ocorrer no prazo de 15 a 20 dias após sua morte.

O filme O Conclave, de Edward Berger — agraciado com o Oscar de melhor roteiro adaptado de 2025 pela Academia de Hollywood, baseado no livro homônimo de Robert Harris —, é uma obra de ficção. Entretanto, descreve o rito da sucessão papal. Os cardeais se hospedam no Domus Sanctae Marthae, onde dormem e se alimentam, e discutem o futuro da igreja.

Papa Francisco e o meio ambiente - Míriam Leitão

O Globo

Recado ambiental do Papa Francisco se mantém vivo: cuidar da Casa Comum é missão coletiva e os pobres são os que mais sofrem com a mudança do clima

Das muitas mensagens deixadas pelo Papa Francisco em seu pontificado pioneiro e transformador, é importante ressaltar a Laudato Si’, encíclica ambiental e social. Nela, ele se mostrou inteiramente de acordo com as aflições do ambientalismo e alertou que os pobres são os que mais sofrem os efeitos da mudança climática. Uniu, no texto, o ambiental e o social. A Carta é, como informa, “sobre o cuidado da Casa Comum” e começa louvando a Deus “pela nossa irmã e mãe Terra, que nos sustenta e governa”, numa referência a uma canção de São Francisco de Assis.

“Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou”, afirma o Papa Francisco no início do texto, no qual traça um fio condutor com outras manifestações papais sobre o meio ambiente, como a carta apostólica de 1971, do Papa Paulo VI.

Na encíclica de 2015, o Papa Francisco disse que recolhia a reflexão de inúmeros “cientistas, teólogos e organizações sociais que enriqueceram o pensamento da Igreja sobre essas questões”. Deixou felizmente para trás a oposição entre religião e ciência. E se colocou ao lado do movimento social. “Uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo”.

Inspirado no santo dos pobres - Bernardo Mello Franco

O Globo

Na última mensagem aos fiéis, pontífice criticou guerras e cobrou cessar-fogo em Gaza

Na noite em que foi escolhido para comandar a Igreja Católica, o Papa Francisco surpreendeu ao aparecer sem a estola vermelha e o crucifixo de ouro usados pelos antecessores. Era o primeiro sinal de mudanças na Santa Sé.

Eleito aos 76 anos, o argentino Jorge Mario Bergoglio disse desejar “uma Igreja pobre e para os pobres”. A pregação combinava com sua trajetória de vida.

Como padre em Buenos Aires, ele ficou conhecido por frequentar favelas e bairros populares. Ao ser nomeado cardeal, continuou a cruzar a cidade de metrô, sem seguranças ou assessores.

Bergoglio não era visto como favorito no Conclave de 2013, convocado após a renúncia de Bento XVI. Assim que a apuração dos votos terminou, o cardeal brasileiro Cláudio Hummes soprou em seu ouvido: “Não se esqueça dos pobres”.

A politização do STF - Merval Pereira

O Globo

O Supremo tornou-se a saída para o governo e, em consequência, importante peça política na disputa entre os Poderes da República.

O fato de o governo Lula 3 ser o que mais apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2003 para tentar reverter medidas que são de seu interesse direto, como revelou o jornal O Estado de S.Paulo, acrescenta mais um problema para a conturbada atuação do STF nos anos recentes. Com o fortalecimento do Legislativo diante do Executivo, por ter maioria formada por uma oposição variada ao governo petista, e, especialmente, por ter garantido quinhão substancial no orçamento da União por meio das emendas impositivas, o Supremo tornou-se a saída para o governo e, em consequência, importante peça política na disputa entre os Poderes da República.

O peso de Trump na sucessão de Francisco - Maria Cristina Fernandes

Valor Econômico

Audiência de JD Vance, na véspera da morte, escancara disputa por rumos do catolicismo depois da morte do maior opositor do trumpismo

O papa Francisco recebeu o vice-presidente dos EUA, JD Vance, em audiência de 15 minutos que precedeu seu deslocamento até o balcão da Basílica de São Pedro para a saudação pascal. A audiência de Vance somou-se a uma série de compromissos que, em retrospecto, pareceram uma despedida. Francisco visitou uma prisão em Roma e ainda saudou, do papamóvel, a multidão na praça, o que não fazia desde fevereiro, quando foi hospitalizado.

Na audiência, a última antes de sua morte, Vance recebeu do papa ovos de Páscoa de uma marca italiana para os filhos, uma gravata e rosários para toda a família. O encontro não estava confirmado quando Vance chegou a Roma. Na véspera, o vice americano tinha estado com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin. Pelas notas oficiais de cada lado - “troca de opiniões sobre países afetados pela guerra, tensões políticas e situações humanitárias difíceis, como as de migrantes, refugiados e prisioneiros” (Vaticano) e “partilha da fé religiosa, do catolicismo nos EUA, perseguição de comunidades cristãs no mundo e compromisso do presidente Trump pela restauração da paz” (Vance) - conclui-se que não convergiram.

Parece que Trump virou um Robinsoniano - Pedro Cafardo

Valor Econômico

Economista defendia que protecionismo tarifário estaria na base de todos os países que se industrializaram

Joan Robinson, uma das maiores economistas do século XX, nunca foi agraciada com um Prêmio Nobel, algo tido como tratamento injusto e deliberadamente discriminatório.

Em 1975, quando ela tinha 72 anos, houve uma campanha internacional para que o prêmio fosse concedido a ela. Seria a primeira mulher a ganhar o Nobel de Economia. No auge da campanha, Robinson fez um périplo pelas universidades americanas e foi surpreendida por um amplo boicote estimulado por economistas ortodoxos, que não compareceram a nenhum seminário feito por ela, reforçando a ideia de que grande parte da academia americana não apoiava a concessão do Nobel.

Pesos e contrapesos no governo Trump - Christopher Garman

Valor Econômico

O estrago econômico tende a acelerar a imposição de freios. Mas até que as restrições finalmente se imponham, os danos à economia e à reputação dos EUA já terão sido causados

Os mercados financeiros reagiram, de forma bastante compreensível, de maneira negativa ao “tarifaço” anunciado pelo presidente Donald Trump no chamado “Dia da Libertação”, em 2 de abril. A decisão representa um nível de protecionismo comercial nos Estados Unidos não visto desde a virada do século XIX para o XX, com potencial para mergulhar o país em uma recessão e reduzir o crescimento global.

Embora a intensidade do anúncio tenha surpreendido, sua direção já estava claramente sinalizada: Trump fez campanha prometendo mais tarifas, como parte de uma política nacional de reindustrialização, e defende essa agenda desde os anos 1980. Economistas, empresas e investidores podem não concordar com a decisão, mas não se pode acusar o presidente de estelionato eleitoral.

Francisco, simplicidade e inspiração - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

O novo papa será um humanista como Francisco, ou um personalista radical na onda de Trump?

Na profusão de informações sobre o Papa Francisco, uma imagem chama particularmente a atenção nesses nossos tempos tão difíceis, em muitos aspectos cruéis: a do encontro de Francisco com o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, em setembro de 2015. Os dois representavam, como representam, um mundo de união, inclusão e acolhimento. Um mundo que está sob ameaça.

Vídeos e fotos deixam para a história sorrisos, empatia e posições comuns em relação à preservação do meio ambiente, à generosidade com imigrantes e à distensão com Cuba, como deixam para Obama a lembrança de Francisco como um “líder raro, que nos inspira a sermos pessoas melhores”. Lembrança poderosa. Entretanto, quem anuncia a ida à despedida do Papa é Donald Trump, que pensa e age exatamente na direção oposta de Francisco e Obama.

Trump e os perigos para o mundo - Jorge J. Okubaro

O Estado de S. Paulo

Com a colaboração essencial do bilionário Elon Musk, Trump vem desativando algumas das principais organizações norte-americanas com atuação mundial

Uma das leituras mais impressionantes dos últimos dias foi ado artigo que Martin Wolf publicou no jornal britânico Financial Times, do qualé o principal comentarista econômico. O título causa impacto: “The economic consequences of a mad king ”( o jornal Valor Econômico reproduziu o artigo em português ). O “rei louco” é referência direta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Wolf relembra trechos do artigo que escreveu em junho do ano passado, sobre os então candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden (que só no mês seguinte desistiria da candidatura em favor de Kamala Harris) e Donald Trump. “Biden pode ser velho. Mas Trump é louco e, infelizmente, não é um louco divertido. É um louco perigoso. Os instintos de Trump são também os de um ditador”, escreveu no ano passado. Agora na Presidência da nação econômica e militarmente mais poderosa do mundo, Trump age como o rei louco do título.

Projeto florestal na Amazônia vira modelo global - Rubens Barbosa

O Estado de S. Paulo

A iniciativa foi concebida de forma a ser permanente para melhorar as condições de vida das comunidades locais e o ecossistema existente

A preservação da Floresta Amazônica entrou na agenda política e econômica nacional e, por sua relevância no contexto das florestas tropicais no mundo, será um dos temas a serem tratados durante a COP-30, em novembro próximo.

A I AMazonia, entidade internacional, está lançando a formulação de um modelo para projetos em florestas tropicais, inclusive no Brasil. Esse modelo visa a estruturar e a realizar investimentos em projetos que envolvem, de forma integrada, a conservação de ecossistemas naturais, com o desenvolvimento socioeconômico nos locais onde são implementados. Para participar no trabalho de desenvolvimento, foram convidadas a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Universidade de Harvard, a PriceWaterHouseCoopers e a Caritas, entre outras instituições.

O Posto Ipiranga de Lula - Carlos Andreazza

O Estado de S. Paulo

Não se governa, a partir de 2027, com este arcabouço fiscal – aqui desde sempre chamado de natimorto fiscal, carne podre a ser rolada 2026 adentro. Foi o governo Lula, o criador do presunto, que nos contou – como se não fosse com ele. O arcabouço fiscal é uma fraude – o que se conta. Constrangedor para seus formuladores, entre os quais o ora presidente do BC, que tem mandato para combater a inflação com a qual o troço é complacente. Constrangedor também para quem acreditou na farsa. Essa carne sempre foi podre.

É o fim do catolicismo progressista? - Joel Pinheiro da Fonseca

Folha de S. Paulo

Gestos simbólicos geraram admiração da sociedade não católica, mas não sua conversão

papa Francisco foi um importante contraponto à ascensão da direita populista/nacionalista pelo mundo, inclusive em países historicamente católicos como Itália e Brasil. A questão é se, sem ele, a Igreja Católica continuará a ter esse papel.

O catolicismo progressista, filho do espírito do Concílio Vaticano 2º, hoje é idoso e com muita dificuldade de se renovar. Gestos simbólicos importantes de Francisco, como dar uma bênção a casais homoafetivos e de segunda união —algo que ainda passa longe de uma aceitação deles como um matrimônio real—, geraram esperança e até admiração da sociedade não católica, mas não sua conversão. Onde a igreja mais cresce —os campos de missão da Ásia e África— a mensagem da fé é de certeza e confiança, pronta para se afirmar perante o mundo, e não uma fé ciente de suas falhas e disposta a revisar práticas milenares.

Um papa simpático numa igreja decadente - Hélio Schwartsman

Folha de S. Paulo

Francisco tentou criar ambiente mais acolhedor em uma era em que a influência do Vaticano é declinante mesmo entre católicos

Exceto para católicos ultratradicionalistas, é difícil não simpatizar com a figura de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morto nesta segunda-feira (21/4). Ainda que sem mudar nada de substancial na doutrina da Igreja Católica, Francisco se esforçou para criar um ambiente mais acolhedor para mulheres, homossexuais, divorciados e vários outros grupos historicamente menosprezados. Foi também uma voz a apontar para os problemas gerados pela desigualdade social e pela deterioração do meio ambiente.

Emendas tipo exportação - Dora Kramer

Folha de S. Paulo

Até o Itamaraty já exibe dependência do Congresso para fazer frente a despesas internacionais

Em "Timoneiro", composição de 1996, Paulinho da Viola canta a constatação do navegante: "Não sou em quem me navega, quem me navega é o mar". Um refrão adequado para servir de trilha sonora à atual situação institucional em que o Executivo não governa, quem o governa é o Legislativo.

Falamos, claro, mais uma vez das emendas parlamentares, hoje no controle de quase um quarto das despesas discricionárias (não obrigatórias) do Orçamento da União. Atribui-se a elas, em grande parte, a razão do deslocamento do eixo de poder do Planalto para o Congresso.

Bukele para presidente do Brasil - Alvaro Costa e Silva

Folha de S. Paulo

Políticos brasileiros sonham com os presídios e o governo autocrata de El Salvador

Logo depois do golpe de 1964, a influência do embaixador dos Estados Unidos no Brasil era tão grande que Otto Lara Resende mineiramente propôs: "Chega de intermediários. Lincoln Gordon para presidente".
Hoje, quando a Câmara age a favor do golpismo e direita e extrema direita nutrem uma admiração fanática pelo presidente de El Salvador, a frase só precisa de uma pequena adaptação, alteração de nome, para mostrar que as soluções no país não mudam, só pioram: "Chega de intermediários. Nayib Bukele para presidente".

Em 2024, um show em Balneário Camboriú reuniu Jair Bolsonaro e Javier Milei. O queridinho salvadorenho, esperado com ansiedade, não veio. Mas mandou o ministro da Justiça, Gustavo Vilatoro, que levou a plateia ao delírio ao dizer que "o modelo Bukele é irreversível".

Tempos Turbulentos e o Nordeste Brasileiro: A Busca de uma Nova Institucionalidade e o Comércio Internacional

Abraham B Sicsu[i]

Claúdio Carraly[ii]

Tenta-se uma acomodação. Todos os países e regiões. O impacto no comércio internacional pode ser efetivo. A guerra das tarifas desestabiliza os mercados. Os acordos postos em dúvida. A insegurança é clara. Construir um novo arcabouço, buscar estratégias ousadas, esperar novas medidas estapafúrdias, tentar prever novos passos, caminhos que atormentam. Bolsas e dólar oscilam, fala-se em novas moedas âncoras, blocos econômicos se articulam, aflição com o possível enxame de produtos que não terão mais os estadunidenses como demandadores privilegiados. Nesse cenário, como se posiciona o Nordeste Brasileiro?

Na década de 1960, o Brasil enfrentava profundas transformações estruturais, e o Nordeste, historicamente marcado por vulnerabilidades socioeconômicas, era considerado um território em extrema necessidade de intervenção estatal. Foi nesse contexto que a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene se materializou como uma iniciativa pioneira. Sob a liderança de visionários a Sudene foi criada para promover a industrialização, atrair investimentos e reduzir as desigualdades regionais, implementando projetos de infraestrutura e fomento que transformaram, embora de maneira parcial, o cenário local.

Brevíssima nota sobre o Papa Francisco – Ivan Alves Filho

Os democratas e humanistas de todo o mundo, independentemente de credo e nacionalidade, lamentam a morte do Papa Francisco. A sua luta pela paz e pelos direitos humanos será sempre lembrada pelos homens de boa vontade. A Humanidade perdeu, sem dúvida alguma, um dos seus maiores representantes. 

O Papa Francisco foi o primeiro pontífice latino-americano da História. Eis o que significou um avanço extraordinário no tocante à trajetória católica. Creio que agora chegou o momento de a Igreja lançar ou projetar o seu olhar para a África. O futuro da Humanidade poderá se decidir no continente africano. E isso por uma razão simples: daqui para 2050, um em cada dois cidadãos no mundo nascerá na África. Mais: dois terços das terras ainda agricultáveis do planeta se encontram em solo africano. 

A África possui hoje cerca de um bilhão de habitantes. As projeções para o final deste século indicam que triplicará a sua população, enquanto que aquela da China, por exemplo, será reduzida à metade.

Se a Igreja Católica tiver juízo, deve ter esses dados em mente ao entronizar o novo Papa. Este é, ao menos, o meu desejo. 

Nós, brasileiros, que possuímos uma relação histórica com a África, precisamos defender essa ideia com muita simpatia. Afinal de contas, sem a África não existiria  sequer o Brasil tal qual nós o conhecemos hoje. 

Quando o mais velho dos cardeais anunciar o seu Habemus Papam (Temos um Papa), torço para que ele seja um africano.  

*Historiador

Poesia | Verdade, de Carlos Drummond de Andrade

 

Música | Zélia Ducan - Último Desejo (Noel Rosa)