Corte em emendas é fundamental nas medidas fiscais
O Globo
Além de caras, são injustas — 15 dos 20
municípios com pior IDH não receberam um centavo desde 2024
Em democracias, o gasto público é disciplinado por um mecanismo sensato: o Legislativo elabora o Orçamento, e o Executivo controla sua execução. Tal arranjo incentiva a eficiência do gasto. Por tal parâmetro, o Brasil se tornou uma aberração. Aqui, deputados e senadores decidem o destino de 21% — ou R$ 50,4 bilhões — das despesas livres do governo. Como a lógica das emendas parlamentares é paroquial e de curto prazo, as cidades onde se concentram as bases de eleitores recebem mais. Outras ficam sem nada. No momento em que Congresso e governo discutem medidas para equilibrar as contas públicas, as hipertrofiadas emendas parlamentares precisam estar no topo da pauta.