quarta-feira, 13 de junho de 2018

‘FHC é quem mais tem ajudado a unir o centro’, diz Alckmin

Tucano diz que alianças serão formadas nas próximas semanas porque ‘ninguém sabe’ quem são os candidatos’

Paulo Beraldo | O Estado de S. Paulo.

O ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, disse ontem que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem auxiliado na missão de unir as pré-candidaturas de centro à Presidência.

“Fernando Henrique, que é muito hábil, tem dito que precisamos unir o que chamou de ‘convergência democrática’. Temos que buscar um bom entendimento e a pessoa que mais tem me ajudado é o Fernando Henrique Cardoso”, disse o ex-governador tucano durante agenda com empresários e políticos em Santa Catarina.

Alckmin afirmou também que a definição das alianças para pré-candidaturas presidenciais deve ocorrer apenas nas próximas semanas. “Ninguém nem sabe quem vai ser candidato.

Tem muito partido dizendo que tem candidato e na ‘hora H’ não vai ter”, disse.

Na segunda-feira passada, o Estado revelou que o movimento suprapartidário apoiado por Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do PSDB, que busca viabilizar uma candidatura comprometida com as reformas estruturais, avalia que a ex-ministra Marina Silva, pré-candidata da Rede, poderia se consolidar como alternativa do chamado “centro democrático” na disputa presidencial.

Na semana passada, a própria pré-candidata da Rede demonstrou ceticismo em relação a uma aliança com o PSDB. Marina afirmou que não há “identidade programática” entre seu partido e os tucanos. Mesmo reconhecendo as diferenças, interlocutores da Rede afirmaram que, do ponto de vista pragmático e eleitoral, a aliança seria positiva, principalmente em relação ao tempo de TV e rádio. Sozinha, a Rede deve ter cerca de 11 segundos no horário eleitoral.

Competitividade. Após visitas a Chapecó, importante polo agrícola de Santa Catarina, e a Joinville, principal centro industrial do Estado, o pré-candidato tucano defendeu uma agenda de competitividade para o País. “O Brasil vai o ano que vem para o sexto ano de déficit primário. É um mar de obra parada, tudo faz de conta que está fazendo”, criticou o ex-governador.

Alckmin destacou a necessidade de medidas como simplificação tributária, maior segurança jurídica e atração de investimentos privados. O pré-candidato disse ser possível aprovar reformas estruturantes nos primeiros meses do governo, aproveitando-se da popularidade obtida com uma eventual vitória na eleição.

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