domingo, 12 de outubro de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais /Opiniões

Lula deve evitar populismo da tarifa zero

Por O Globo

Medida demonstra pouca eficácia, e responsabilidade por transporte urbano cabe a prefeitos e governadores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometerá um enorme equívoco se embarcar no populismo da tarifa zero para o transporte público. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que, a pedido de Lula, a equipe econômica realiza uma “radiografia” do setor para avaliar o modelo. No dia seguinte, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, veio a público dizer que o governo federal não planeja implementá-lo “neste ou no próximo ano”. Mas, se não flertasse com a ideia, Lula não pediria estudos a respeito.

O governo federal não deveria se meter com tarifas de ônibus. Apesar do apelo eleitoreiro, a tarifa zero se mostra pouco viável na prática. Dos 5.570 municípios brasileiros, pouco mais de cem — em geral de pequeno e médio portes — a adotam em situações muito específicas. É o caso de Maricá, cidade de 212 mil habitantes na Região Metropolitana do Rio, campeã de arrecadação de royalties do petróleo no Brasil (R$ 2,7 bilhões em 2024). Em São Paulo, maior metrópole do país, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) até cogitou adotar tarifa zero nos ônibus municipais, mas o modelo ficou restrito a domingos e datas festivas. Em Belo Horizonte, a Câmara de Vereadores rejeitou na semana passada, por 30 votos a 10, um projeto que previa implantar gratuidade nos ônibus da cidade de 2,4 milhões de habitantes. Prevaleceu a sensatez.

Golpismo, conciliação, pacificação e eleições. Por Paulo Fábio Dantas Neto

O título deste artigo não vem a propósito de discutir se é cabível ou não conciliar com os chefes golpistas recentemente condenados. É óbvio que não é cabível. Mas estamos num tempo em que o “óbvio ululante” de Nelson Rodrigues precisa ser dito como aviso, para que não se negue “lugar de fala” a quem tem a intenção de ir além dele. Para justificar o título há duas outras questões, essas, sim, politicamente relevantes e controversas. Como baixou a temperatura e o telefone tocou, talvez seja hora mais propícia a refletir sobre essas questões.

A primeira delas é:  que tratamento político deve-se dispensar a cúmplices e seguidores engajados de Bolsonaro que cometeram crimes diversos em 8 de janeiro de 2023, já após o fracasso consumado da conspiração dos seus chefes? Aqui o óbvio ululante também precisa comparecer para fazer um segundo aviso: este colunista não tem a pretensão de fazer do seu teclado um martelo judicial e discutir a dosimetria das penas. Limita-se a assinalar a pertinência e importância política do tema da dosimetria, que uma retórica de justiçamento quer desqualificar.

Bastidores da resistência. Por Merval Pereira

O Globo

A defesa da democracia é uma tarefa cotidiana. Em tempos que correm, ou a defendemos de pé ou assistiremos, de joelhos, a sua erosão

A revista “Insight Inteligência” publica em seu próximo número, a sair na terça-feira, um depoimento do jurista Oscar Vilhena e do economista Arminio Fraga em que narram as articulações para a realização do ato de 11 de agosto de 2022 na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, no que o editor da Revista, o cientista político Christian Lynch, classifica de “o mais expressivo gesto da sociedade civil em defesa da democracia e contra o golpismo de Jair Bolsonaro”. Lynch uniu os dois em um depoimento fundamental, que mostra como diversos intelectuais, empresários e ativistas se reuniram para tentar frear o avanço antidemocrático do governo bolsonarista, que já dava indícios de que planejava um autogolpe.

Riscos e desafios na rota da COP30. Por Bernardo Mello Franco

O Globo

Boicote de Trump e atraso em entrega de metas ameaçam cúpula de Belém; Lula deve ser cobrado por nova aposta no petróleo

A um mês do início da COP30, autoridades brasileiras buscam argumentos para rebater o pessimismo que ronda a cúpula em Belém. A agenda climática está sob ataque de Donald Trump, que voltou a retirar os EUA do Acordo de Paris. Mas o problema seria menor se estivesse restrito ao boicote americano. Outros grandes poluidores, como União Europeia e Índia, resistem a apresentar metas para reduzir emissões e frear o aquecimento global.

Até aqui, apenas 62 países apresentaram suas metas voluntárias para reduzir as emissões, as chamadas NDCs. “Temos que reconhecer que estamos frustrados com os dois prazos de entrega que não foram cumpridos, inclusive por países-chave”, disse na sexta-feira o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago.

Sofrimento da guerra é indizível. Por Dorrit Harazim

O Globo

Em Gaza, e certamente nos túneis e esconderijos em que foram mantidos os reféns sequestrados, reina o abismo de um silêncio que grita

A história de países que travam guerras sempre foi generosa com combatentes considerados heroicos. Ao final da sangria, multiplicam-se condecorações, memoriais, reconhecimento, homenagens. Historiadores também se desdobram para identificar quem tombou por último, quando morrer fardado já não seria mais preciso. Quem estuda a Guerra do Vietnã acaba trombando com a existência de um coronel americano perfeitamente esquecível, William Nolde. O oficial só saiu do anonimato por ter sido o último combatente dos Estados Unidos a morrer naquele conflito — míseras 11 horas antes da entrada em vigor do cessar-fogo de 1975. Na Segunda Guerra Mundial fora a vez de Charley Havlat fazer história como último soldado dos Aliados a tombar na Europa. Seu pelotão havia sido cercado por uma unidade de tanques alemães, e Havlat morreu com um tiro na cabeça dez minutos antes de a Wehrmacht receber ordens de cessar-fogo imediato. Ainda era de manhã naquele 7 de maio de 1945. Sete horas depois, a Alemanha de Hitler se rendia formalmente em Reims.

Poder branco e masculino. Por Míriam Leitão

O Globo

Lista de cotados para substituir o ministro Barroso no STF expõe pacto da masculinidade branca e ausência de diversidade

Não é mais uma questão de reclamar representatividade. É de corrigir uma aberração. Todos os cogitados no primeiro momento para substituir o ministro Luís Roberto Barroso são homens brancos. Enfraquece a democracia alijar de um espaço de poder como este todos os que não sejam do grupo hegemônico. A aposentadoria precoce de Barroso escancara o pacto da masculinidade branca. Só falam deles mesmos, só eles são visíveis, como se o país não tivesse competentes juristas entre as mulheres e as pessoas negras.

Outro erro é a ideia de que o presidente Lula tem que escolher um amigo. Argumenta-se que o critério seria necessário porque a democracia ainda está em terreno instável e o STF é um poder sob ataque, tanto que alguns ministros enfrentam punições do governo americano. Essa conjuntura é real, mas não encomenda mais um “amigo” no tribunal, e sim uma pessoa com convicção democrática e formação institucional sólida.

Encontro de Lula e Trump na Malásia ainda depende de confirmação. Por Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense  

O secretário de Estado, Marco Rubio, convidou o chanceler Mauro Vieira para reunião presencial entre ambos em Washington, para tratar da relação entre Brasil e Estados Unidos

As equipes dos governos de Brasil e Estados Unidos devem retomar contatos de bastidores ao longo desta semana para alinhavar os preparativos da reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Marco Rubio, terá uma conversa com o chanceler Mauro Vieira para avaliar a possibilidade dessa primeira reunião entre os dois presidentes ocorrer na Malásia, aproveitando a eventual presença de ambos na cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), evento em que as principais lideranças do bloco do sudeste asiático.

Realizadas duas vezes por ano, as cúpulas ocorrem desde fevereiro de 1976. Criada em agosto de 1967, a Asean é composta por dez países: Brunei, Camboja, Cingapura, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Tailândia e Vietnã. Lula e Trump estão convidados para o encontro.

Mineração e clima, um novo protagonismo na COP30. Por Raul Jungmann,

Correio Braziliense

Não há como avançar em energias renováveis, mobilidade elétrica ou tecnologias limpas sem uma base mineral sólida

Pela primeira vez, a mineração fará parte da pauta oficial de uma Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. E essa estreia não será discreta. O setor mineral brasileiro chega à COP30, em Belém, com um compromisso ambicioso de tentar reduzir em até 90% as próprias emissões diretas de carbono até 2050.

Tive a oportunidade de participar, na última semana, da apresentação formal ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, de estudo que aponta caminhos potenciais para viabilizar essa marca, em reunião organizada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pela Vale pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

As chances de paz em Gaza. Por Lourival Sant’Anna

O Estado de S. Paulo

Tudo indica que o conflito não chegará ao fim, mas a trégua tem grandes chances de perdurar

O acordo entre Israel e o Hamas ocorreu não pelo desejo, mas por erro de cálculo do premiê, Binyamin Netanyahu. Essa é a medida de sua fragilidade como ponto de partida para a paz entre israelenses e palestinos, mas não implica necessariamente no fracasso da trégua.

No dia 9 de setembro, Israel bombardeou, com armas americanas, o alojamento da liderança do Hamas em Doha, quando os líderes do grupo examinavam o plano de Donald Trump. Seis pessoas foram mortas, incluindo um filho do líder do Hamas, Khalil al-Hayya. Netanyahu pensou que se safaria de mais esse golpe ao processo de paz. Afinal, em abril de 2024, um ataque aéreo israelense atingiu um veículo no campo de refugiados de Shati, em Gaza, matando três filhos e quatro netos do então líder do Hamas Ismail Haniyeh, quando ele se preparava para negociar um acordo mediado pelos EUA. Haniyeh, favorável a um acordo, acabaria morto por Israel em Teerã, em julho de 2024.

China e Corina: alertas para Lula. Por Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Terras raras e Venezuela são duas cascas de banana no encontro de Lula com Trump

O namoro de Trump e Lula vai de vento em popa, mas dois novos ingredientes exigem ajuste fino: a decisão da China de proteger suas terras raras, ou minerais estratégicos, e o Prêmio Nobel da Paz para a líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado. O Brasil, como os EUA, tem tudo a ver com terras raras e Venezuela.

O foco da agenda brasileira para o encontro Lula-Trump, olho no olho, é economia, comércio e fim das sanções contra autoridades brasileiras, como suspensão de vistos e Lei Magnitsky contra ministros do STF, mas Trump tem a sua própria agenda e é um negociador duro, que se diverte com a aflição do interlocutor.

Só a falta de moderação atrai atenção? Por Pedro S. Malan

O Estado de S. Paulo

Já houve no País experiências de diálogo e tentativas de entendimento, como aquela que marcou a transição que se seguiu às eleições de 2002. Haverá que tentá-lo novamente

Daqui a 12 meses o Brasil definirá o governo para o quadriênio 2027-2030, mas definirá também muito mais. Uma eleição presidencial constitui a oportunidade, por excelência, para que o País melhore a qualidade do debate público informado sobre os principais desafios com os quais se defronta. Tarefa fundamental, que exige de candidatos e respectivas equipes, farol alto e visão de longo prazo – e com relação à qual o Brasil falhou nos pleitos de 2014, 2018 e 2022.

Em 2014, a presidente Dilma Rousseff anunciou que, em época de eleição, o governo poderia “fazer o diabo”. E o fizeram. A própria presidente Dilma reconheceu ( Valor Econômico, 11/9/2015) que “aplicou por um período de tempo excessivo uma política anticíclica agressiva”. Aloizio Mercadante, possivelmente seu ministro mais próximo, afirmou à Folha de S. Paulo: “(...) Fomos além do que podíamos na política anticíclica, na desoneração de impostos, no esforço por manter os investimentos, de manter gastos.”

A tributação das ‘bets’ e o braço alto de Ulysses. Por Rolf Kuntz

O Estado de S. Paulo

Sem alternativa imediata, o Executivo passou a enfrentar o risco de um buraco fiscal de R$ 46,5 bilhões até o fim de 2026, com provável aumento da dívida federal

Apostas viraram prioridade política, parlamentares evitaram maior tributação das bets, e o governo terá de manobrar de outra forma para arrumar as contas do próximo ano. No Congresso, uma estátua de Ulysses Guimarães com o braço levantado lembra um Parlamento empenhado na redemocratização e na reconstrução do setor público. Lembra também sua famosa advertência sobre como poderiam ser as próximas gerações de políticos. A mobilização a favor das bets parece confirmar a advertência. Sem alternativa imediata, como seria, por exemplo, a tributação maior de aplicações financeiras, o Executivo passou a enfrentar o risco de um buraco fiscal de R$ 46,5 bilhões até o fim de 2026, com provável aumento da dívida federal.

Que Congresso é esse? Por Pedro Parente

O Globo

O Congresso talvez seja o espelho de um país que, quando se indigna, muda, mas quando se acomoda, se deixa capturar

A atuação do Congresso Nacional nos últimos anos tem sido marcada por uma maioria suprapartidária movida por interesses corporativos. Diferentes partidos, aglutinados no bloco informal conhecido como Centrão, deixam de lado qualquer coerência programática e se alinham, invariavelmente, ao presidente da República da vez — desde que este retribua com o velho “toma lá, dá cá”.

O que torna essa dinâmica ainda mais grave, sob o ponto de vista institucional, é que essa maioria corporativista é numericamente suficiente para aprovar emendas constitucionais e derrubar vetos presidenciais, fragilizando o sistema de freios e contrapesos (checks and balances) essencial a uma Democracia com “D” maiúsculo.

Novo tiroteio entre EUA e China deve ferir dólar, juros e Bolsas nas próximas semanas. Por Vinicius Torres Freire

Folha de S. Paulo

Países rompem trégua de cinco meses e se ameaçam com retaliações econômicas graves

Mesmo que ataques sejam blefe de negociação, mercados devem variar de modo tenso

Caso China e Estados Unidos fossem à guerra econômica de fato, como prometeram na semana passada, as consequências seriam daninhas para os dois países. O estrago seria tão grande que as ameaças vêm sendo interpretadas como meio imprudente de ganhar vantagem nas negociações.

As conversas sino-americanas devem ter momento importante no próximo mês. A partir do dia 31 de outubro, Donald Trump e Xi Jinping teriam reunião na Coreia do Sul. No dia 10 de novembro, vence a trégua do conflito comercial.

Trump ameaçou aumentar o imposto de importação sobre produtos chineses para mais de 150%. Na prática, é embargo e causaria desordem na indústria e no comércio dos EUA, para começar. Sem terras raras da China, além de seus subprodutos e tecnologias, haveria tumulto na indústria de ponta e, pois, abalos nas Bolsas. Afora o baque na produção industrial, a China, por sua vez, ficaria sem softwares avançados, um dano para o desenvolvimento de chips e atraso nos programas de inteligência artificial, de computação em nuvem e de integrar IA ao parque de robôs (o país tem metade dos robôs industriais do mundo). Trump promete outras sanções contra a economia chinesa.

Lula mais forte, Congresso mais hostil? Por Celso Rocha de Barros

Folha de S. Paulo

Presidente ainda não é forte o suficiente para gerar um tsunami de adesões à sua candidatura

É, entretanto, forte o bastante para que direita sabote seu governo antes que popularidade se torne irreversível

última pesquisa Quaest mostrou uma notável recuperação da popularidade de Lula. Isso pode piorar sua vida no Congresso, como ficou claro no caso da derrota da MP 1.303.

Se Lula estivesse disparado nas pesquisas, uma parte importante do centrão já estaria do lado do governo. Não seria tranquilo: como já dissemos aqui, as novas máquinas partidárias do centrão estão em crise de identidade, ainda na dúvida sobre continuar negociando apoio com qualquer presidente ou adotar uma identidade ideológica de direita mais clara. Mas certamente haveria adesões suficientes para Lula formar maioria no Congresso.

Fazer oposição não é traição. Por Dora Kramer

Folha de S. Paulo

É paradoxal Lula querer recompor a base colocando os congressistas no papel de traidores da pátria

O presidente parece ter esquecido de que se dependesse do PT o Plano Real teria sido rejeitado

Ninguém precisa ensinar a Luiz Inácio da Silva (PT), presidente três vezes, que governar é uma coisa e fazer campanha é outra, embora ele insista em exercer as duas atividades como se fossem a mesma coisa.

Ele se vale de dois fatores: a habilidade de candidato e a benevolência mais ou menos geral decorrente da memória do mito do operário que virou chefe da nação. Mas há momentos, e este está com jeito de ser agora, em que é preciso fazer escolhas.

A razão progressiva da idiotia. Por Muniz Sodré

Folha de S. Paulo

Idiota é o indivíduo perturbado, que une ignorância à agitação pessoal, sem escuta para o outro

É razoável perguntar se não seria vão diagnosticar figuras do poder, quando importante é a estrutura do avanço neoimperialista

São recorrentes nos últimos anos atribuições de loucura a próceres da extrema direita e seguidores. O diagnóstico não decorre de nenhuma precisão médica, mas da falta de nome apropriado para comportamentos destoantes da racionalidade. Nomear é o mínimo comum das formas indutoras de pensar e sentir. E insanidade é o que acorre ao bom senso.

Como a pré-modernidade tem avançado sobre o presente, vale uma consulta ao passado. Na era barroca, loucura era mais erro do que doença. Tratá-la como enfermidade mental é decisão moderna, segundo Michel Foucault em sua "História da Loucura na Idade Clássica". Antes, supunha-se que a alma dos loucos fosse igual à das pessoas ditas normais, mas com perversão de pensamento, o delírio. O insano estava mais próximo do idiota do que do doente.

Surpresa positiva na inflação e a tabela do IR. Por Samuel Pessôa

 Folha de S. Paulo

Com melhora do cenário, IPCA deve fechar o ano em 4,6%, quase no teto da meta

Mudança no imposto aumenta demanda agregada e pode pressionar preços

Na semana passada, o IBGE divulgou a inflação de setembro (IPCA). O índice foi de 0,48%, em comparação com agosto, abaixo do 0,52% esperado pelo mercado. A composição foi muito positiva. Em particular, a inflação de serviços veio abaixo do que se esperava.

Com as surpresas positivas que temos tido, a inflação deve fechar o ano em 4,6%, quase no teto da banda do regime de metas de inflação. No início do ano eu pensava que a inflação fecharia 2025 em 6%. Em meados de junho, revisei para 5,3%. O cenário para 2026 também tem melhorado. Com as informações de hoje, a inflação deverá fechar 2026 em 4,2%.

Poesia | Fernando Pessoa - Segue o teu destino

 

Música | Elis Regina - Romaria