segunda-feira, 8 de setembro de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Há método e planejamento no caos de Trump

Por O Globo

Onda de demissões e tentativas de intervir em braços do Estado segue à risca plano traçado antes da eleição

O segundo mandato de Donald Trump é marcado por sucessivas intervenções da Casa Branca na máquina administrativa, com a demissão de quase 290 mil servidores federais (12% do funcionalismo), desafios a decisões judiciais e avanços do Executivo sobre braços independentes do setor público. Os dois casos mais recentes foram o anúncio da demissão de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), e de Susan Monarez, recém-nomeada para dirigir o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Ambas discordaram das diretrizes que Trump pretende impor às respectivas agências.

O marketing da extrema direita. Por Miguel de Almeida

O Globo

Quem não ajoelhar diante do pneu terá de procurar outro altar

Parece ser vontade confessa dos líderes do PL transmutar-se em partido de extrema direita de tendência apenas bolsonarista. Para a eleição de 2026, desejam apresentar somente candidatos identificados com o credo. Quem não ajoelhar diante do pneu terá de procurar outro altar.

Em princípio, é boa jogada de marketing. No mundo das redes, o que importa são as identidades. Nada opaco prospera, haja vista o deslustrado Hugo Motta, que não é nem cruz nem caldeirinha. Daí que uma marca, mesmo polêmica, soa como artifício publicitário adequado. Gruda na memória.

Com o tempo, até Geraldo Alckmin rendeu-se em paz à imagem de picolé de chuchu, e o PSDB nunca quis descer do muro, porque tucano voa baixo. Jânio Quadros jamais negou gostar bastante de uma birita — “bebo porque é líquido”, celebrizou. Difícil mesmo é não pensar no general Figueiredo e sua preferência olfativa por cheiro de cavalo. São adjetivos que ficam.

Brasil precisa de compromisso institucional. Por Irapuã Santana

O Globo

Autonomia do BC não deveria ser defendida apenas quando convém politicamente, mas sim como pilar da estabilidade monetária

O oportunismo político tem consequências diretas e nefastas na estabilidade e no desenvolvimento do país. Um exemplo notório é a oscilação de posições em relação às políticas comerciais. Quando a taxação das blusinhas estava em pauta, foi defendida por muitos como medida protecionista vital para a indústria nacional. O argumento era que a barreira tarifária protegeria empresas brasileiras da concorrência desleal de produtos asiáticos, gerando empregos e fortalecendo a economia interna.

No entanto essas mesmas vozes se levantaram em uníssono contra as taxas impostas pelo governo Trump a produtos brasileiros, classificando-as como ato de protecionismo injustificado e, ironicamente, passando a defender a abertura de mercado e o livre-comércio. A contradição é gritante: o protecionismo é bom quando defende a indústria nacional, mas ruim quando afeta as exportações do Brasil.

Entre a órbita chinesa e a europeia. Por Carlos Alberto Sardenberg

O Globo

China recebe antigos aliados dos EUA, mas Brasil faria melhor se diversificasse e ampliasse seu leque de alianças

O presidente Donald Trump escreveu em sua rede social: Parece que perdemos a Índia e a Rússia para a China mais profunda e sombria. Que tenham um longo e próspero futuro juntos. A rede tem o pretensioso nome de Truth Social, mas pode ser tudo, menos a expressão da verdade, muito menos da coerência. Trump já havia escrito ali, na semana passada:

— Dou-me muito bem com Xi [o presidente chinês, Xi Jinping].

Um dia depois, registrou:

— Xi e Putin conspiram contra os Estados Unidos.

Entre uma “verdade” e outra, a poderosa força militar chinesa foi exibida em Pequim, no maior desfile de sua história, tendo o presidente russo como principal convidado de honra. Foi no ambiente dessa demonstração bélica que Xi apresentou sua “verdade”. Disse que o mundo está hoje entre a paz e a guerra, entre a prosperidade e a estagnação — sendo a China, claro, a guardiã da paz e a promotora do desenvolvimento econômico. Não precisou dizer que, nessa versão, os Estados Unidos representam o contrário.

Política como negócios e negócios com política. Por Bruno Carazza

Valor Econômico

Fragilização de regras eleitorais, anistia a partidos e elevação de recursos do fundão e emendas dão sinal errado para quem faz da política um negócio e para quem negocia com políticos 

Em 10/02/2025, Donald Trump emitiu uma ordem executiva suspendendo qualquer investigação contra empresas americanas suspeitas de subornar autoridades de governos estrangeiros. Na prática, ele tornou sem efeito o Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), editado em 1977 quando uma apuração da Securities Exchange Commission (a CVM de lá) comprovou que centenas de empresas dos Estados Unidos mantinham um caixa dois para pagar propinas no exterior.

Esse retrocesso teve um preço - e ele foi apropriado justamente pelas multinacionais que eram alvo dos órgãos anticorrupção americanos. Analisando o desempenho do mercado acionário americano, os pesquisadores Lorenzo Crippa, Edmund J. Malesky e Lucio Picci constataram que as 261 firmas que tinham processos judiciais e administrativos envolvendo o FCPA tiveram uma valorização de US$ 39 bilhões apenas no dia da edição do decreto de Trump, quando comparadas com outras 236 empresas de setores similares que não possuíam problemas com a lei anticorrupção.

Falta de verbas leva BC a limitar as fintechs. Por Alex Ribeiro

Valor Econômico

No caso do Banco Master, BC foi pressionado em duas frentes para aprovar uma operação que, na essência, deveria observar apenas parâmetros técnicos

O Banco Central está sem dinheiro e funcionários para fiscalizar um sistema financeiro que, nos últimos anos, ficou muito maior e mais complexo - e virou presa fácil do crime organizado. Para evitar um colapso, baixou na sexta-feira uma série de restrições nas operações das fintechs.

Foi uma solução emergencial para uma situação de guerra, como colocar grades em torno do sistema financeiro. Todos ficam mais protegidos, mas a atuação de parte das fintechs, que injetaram competição e inovação no mercado, ficou limitada. Clientes enfrentarão transtornos para movimentar o seu próprio dinheiro.

Anistia e a defesa da ‘pacificação’. Por Diogo Schelp

O Estado de S. Paulo

Se houvesse necessidade de pacificação, o País estaria desde 2023 em um caos social

A aprovação de uma anistia aos acusados de tentativa de golpe de Estado, em qualquer de suas versões (incluindo ou não Jair Bolsonaro, limitando-se ou não aos vândalos de 8 de Janeiro), não vai pacificar o País. Para compreender o porquê, é preciso decifrar o que os bolsonaristas querem dizer com “pacificação”.

A tarefa é inglória. Na maioria das vezes, quando recorrem ao argumento da pacificação, os defensores da anistia aos golpistas não se aprofundam no conceito. Qual é a paz ou normalidade que eles querem ver restabelecida? Fora das redes sociais, não há conflitos políticos atravancando a vida das pessoas ou impedindo o funcionamento do Estado. Se houvesse necessidade de pacificação, o País estaria vivendo, desde 8 de Janeiro de 2023, um contexto de caos social, com violência política generalizada e instabilidade institucional. Não é o que acontece.

A patrulha do bem. Por Denis Lerrer Rosenfield

O Estado de S. Paulo

Imposto deveria ser tributação de renda, e não prescrição de comportamentos ‘bons’ e ‘saudáveis’

A reforma tributária, que deveria ser uma simplificação da arrecadação no Brasil, favorecendo a produção e o desenvolvimento nacional, desobrigando empresas a prestar obediência a um cipoal de leis, decretos e portarias dos mais diferentes tipos, ganhou uma dimensão fundamentalmente arrecadatória. Procura-se a aumentar a tributação mediante os mais diferentes tipos de subterfúgios, como é o caso do dito Imposto Seletivo. Pior ainda, esse último aparece revestido sob a ideia iluminada de que estaria fazendo o bem às pessoas, procurando impor-lhes um comportamento determinado e, mesmo, formas de pensar. Quem pensar ou se comportar diferentemente seria “desviante” ou “nocivo”, para si mesmo e os outros. Imposto deveria ser tributação de renda, e não prescrição de comportamentos “bons” e “saudáveis”.

O desconhecido Brasil rural. Por Zander Navarro

O Estado de S. Paulo

Que o conhecimento oferecido possa contribuir decisivamente para aprofundar o debate sobre o estado atual e o futuro do Brasil rural como um todo

Consolida-se no presente século uma percepção minimalista sobre “o rural”, compartilhada pela maioria dos brasileiros. Quase se tornou sinônimo, tão somente, de tratores, colhedeiras, drones e outras tecnologias definidas como modernas e avançadas. E desaparecem outras dimensões sobre a vida social em seus múltiplos aspectos. É uma errônea generalização, pois a história e as facetas mais abrangentes e reais do Brasil rural têm sido esmaecidas na memória dos cidadãos.

É provável que alguns processos principais tenham contribuído para esse “esquecimento do rural”. Primeiramente, lembrar que a maior parte das migrações do campo para a cidade ocorreram entre as décadas de 1950 e 1980 e, dessa forma, as novas e urbanas gerações sabem algo sobre a vida rural por meio, sobretudo, das lembranças de seus familiares mais idosos. Depois, ressaltar a influência de anos de propaganda sobre o “agro é pop”, fato que certamente contribui para enraizar um imaginário social relativamente distorcido.

Tarcísio enfrenta dilema e pode ser visto como capacho do bolsonarismo. Por Lara Mesquita

Folha de S. Paulo

Ao se agarrar à anistia de Bolsonaro, governador arrisca perder a imagem de moderação essencial ao seu futuro político

O governador de São Paulo dedicou a última semana a se apresentar como defensor e articulador da anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Tarcísio de Freitas (Republicanos) não conseguiu o endosso do ex-presidente antes de sua prisão domiciliar e não possui registros em áudio e vídeo que possa utilizar na campanha de 2026. Mais do que isso, sabe que Bolsonaro e sua família não são conhecidos pela fidelidade aos aliados políticos.

Ainda assim, o carioca que governa São Paulo acredita que precisa provar ao ex-presidente, sua família e, sobretudo, aos eleitores mais fiéis dessa turma sua lealdade. Essa aposta pode ser um erro.

Tarcísio abraça bolsonarismo radical e antecipa campanha de extremos. Por Igor Gielow

Folha de S. Paulo

Governador arrisca eleitorado centrista; Lula burila discurso dos 'traidores da pátria'

A 393 dias do primeiro turno da eleição presidencial de 2026, a campanha pela sucessão de Lula (PT) começou em grande estilo neste 7 de Setembro, data que nos últimos anos carregava forte sotaque golpista da era de Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Em Brasília, o atual mandatário aproveitou para burilar a retórica dos "traidores da pátria", uma referência à campanha do clã Bolsonaro para que Donald Trump ataque o Brasil na esperança de melar o julgamento do seu patriarca pelo Supremo Tribunal Federal.

Já no pronunciamento da véspera, o tema de campanha que alude à soberania nacional foi repisado pelo petista. É um discurso eficaz, embora seja incerto em termos de prazo de validade —noves fora o fato de que governos têm de entregar à população, e Lula segue sendo mais mal do que bem avaliado.

A pouco mais de mil quilômetros dali, horas depois, a manifestação da direita bolsonarista na avenida Paulista apresentava as armas do outro lado, temperadas pelas lágrimas de uma Michelle Bolsonaro em modo pregadora.

Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro. Por Sidônio Palmeira

Folha de S. Paulo

Novo lema é um compromisso assentado em três pilares: a defesa do país, a luta contra os privilégios dos super-ricos e o cuidado com as pessoas

Ao apresentar seu novo lema de comunicação, o governo do Brasil realiza a síntese de uma história em construção e de um legado renovado, que aponta para o futuro. Aqui, peço uma pausa em forma de proposta: que os brasileiros passem a chamar o governo federal de governo do Brasil. Esse é o pontapé inicial dessa síntese. Pode parecer pouco, mas é muito.

É preencher de sentido aquilo que somos em essência. Mais do que apenas uma Federação, nos identificamos como nação, o "povo brasileiro", como escreveu o antropólogo Darcy Ribeiro. É a partir do governo do Brasil que se apresenta o passo à frente, com uma posição que vai além da simples coalizão.

Existem democracias consolidadas? Por Marcus André Melo

Folha de S. Paulo  

O debate sobre a transição e a consolidação de regimes democráticos opõe pessimistas e otimistas

As democracias se consolidam ao longo do tempo? O debate sobre transição e consolidação democrática nas décadas de 1980 e 1990, no contexto da chamada terceira onda da democracia, opôs visões otimistas e pessimistas. Os primeiros, inspirados pela noção de fim da história, sustentavam que a democratização era inexorável e irreversível, impulsionada pela elevação generalizada da renda e pela expansão dos mercados em escala global.

Os pessimistas alertavam que nada garantia a perpetuação da democracia. Entre eles, Przeworski que, no entanto, estimou que a probabilidade de derrocada da democracia nos EUA era de 1 em 1,8 milhão. Seu ceticismo derivava da concepção da estabilidade democrática como um equilíbrio autoimposto, no qual a estratégia dominante dos atores é seguir as regras do jogo democrático. Trata-se, porém, de um equilíbrio instável: mantém-se apenas quando os stakes do jogo não são excessivamente altos e os ganhos sob a democracia superam os de uma alternativa autoritária. Para Przeworski, a leitura dominante da transição como um "pacto" entre elites era excessivamente ingênua.

Gilmar Mendes rebate Tarcísio após ataque a Moraes: 'O que o Brasil não aguenta mais são tentativas de golpe'

Por g1 

Brasília - Sem mencionar governador de SP, ministro afirmou que colegas não agem como 'tiranos' e que a Corte tem 'cumprido seu papel'. Apoiadores de Jair Bolsonaro foram às ruas em defesa da anistia e com críticas ao STF.

O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, rebateu neste domingo (7) críticas à atuação da Corte.

Em publicação nas redes sociais, Gilmar afirmou que não há uma "ditadura da toga" e que ministros da Corte não agem como "tiranos".

Gilmar Mendes foi às redes horas depois de o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fazer críticas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e associá-lo à "tirania".

Ao discursar durante um ato pró-anistia na avenida Paulista, Tarcísio afirmou que "ninguém aguenta mais a tirania" de Moraes, relator de processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Gleisi critica bolsonaristas por uso de bandeira dos EUA em ato de 7 de Setembro

Por Bruna Lessa / O Globo

Em São Paulo, apoiadores de Bolsonaro levam 42,2 mil às ruas

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou neste domingo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que exibiram bandeiras dos Estados Unidos durante manifestações em defesa de anistia ao ex-mandatário.

— Essa é a nossa diferença com os bolsonaristas: batemos continência para a bandeira brasileira. Exaltamos a bandeira do Brasil, do povo brasileiro — escreveu a ministra em publicação nas redes sociais.

As críticas ocorreram no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do desfile de 7 de Setembro em Brasília, marcado pela ênfase na soberania nacional. Neste ano, a Esplanada dos Ministérios foi decorada com o slogan “Brasil Soberano”, e o governo buscou reforçar a imagem de independência diante do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos.

Ao lado de Michelle, Tarcísio critica 'tirania de Moraes', e pede anistia: 'deixa Bolsonaro ir pra urna, qual o problema?'

Por Hyndara FreitasSérgio Quintella / O Globo

Governador de São Paulo pediu que Hugo Motta paute o projeto de anistia 'ampla e irrestrita', criticou STF e disse que não há 'nenhuma prova' ligando ex-presidente aos atos golpistas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, neste domingo (7), que "ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Alexandre de Moraes", disse que não há "nenhuma prova" ligando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e pediu que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, paute a anistia. Motta é do mesmo partido de Tarcísio

A fala foi feita durante discurso em ato na Avenida Paulista, que foi convocado por lideranças da direita em defesa do ex-presidente e da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O governador clamou por "Bolsonaro nas urnas" e voltou a dizer que seu padrinho político, que está inelegível, "é o único candidato".

Tarcísio critica STF e pede aprovação de anistia ‘ampla e irrestrita’ durante ato na Paulista

Por Pedro Augusto FigueiredoDaniel Weterman e Pepita Ortega / O Estado de S. Paulo

Junto com outros políticos, governador de São Paulo diz que não aceitará que um ditador “paute o que devemos fazer”, em referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes

Manifestantes ocuparam parte da Avenida Paulista, em São Paulo, para defenderem, mais uma vez o projeto de anistia que poderá beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros envolvidos na trama golpista. Políticos que participaram do ato, na tarde deste domingo, 7, atacaram o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e cobraram que o projeto de perdão seja votado imediatamente pelo Congresso Nacional.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a aprovação de uma anistia “ampla e irrestrita” e pediu para que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos) paute o projeto.

Tarcísio cobra anistia, pressiona Motta, ataca STF e chama Moraes de ditador e tirano

Arthur Guimarães de Oliveira e Gustavo Zeitel / Folha de S. Paulo

Governador está na linha de frente das articulações pela anistia e já discute vice para 2026

São Paulo - O governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu neste domingo (7), durante ato bolsonarista na avenida Paulista, uma anistia "ampla e irrestrita", disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser autorizado a ser candidato em 2026 e que pode ser condenado sem nenhuma prova.

Tarcísio pressionou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto sobre anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) julga "um crime que não existiu".

O governador paulista disse que o julgamento não é justo, voltou a falar em "narrativas", fez críticas a Alexandre de Moraes e mandou indiretas ao STF. Disse ainda que a delação de Mauro Cid ocorreu sob coação e que a colaboração é mentirosa.

"Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega", disse em recado ao Supremo. "Não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que temos que fazer."

‘Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes’, diz Tarcísio em ato Bolsonarista

Por Robson Rodrigues / Valor Econômico

Governador cobrou que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, paute o projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (SFT) Alexandre de Mores durante o ato bolsonarista realizado neste domingo (7), na Avenida Paulista, marcado pela ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o governador, os brasileiros não aguentam mais a “tirania de um ministro”.

Do alto do trio elétrico, Tarcísio afirmou para a multidão que não é possível celebrar a Independência do Brasil sem a liberdade de Bolsonaro. Em um discurso de forte tom crítico ao Judiciário, ele citou que as determinações de Moraes estão indo longe demais. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”, atacou.

Poesia | Rosa de Hiroshima, de Vinicius de Moraes

 

Música | Nana Mouskouri - Je chante avec toi liberté (Live @ Le Concert de la Paix | 8/5/2025)

Nana Mouskouri, aos 90 anos de idade, cantou frente ao Arco do Triunfo, em Paris, o Hino da Liberdade da ópera Nabucco, de Verdi, para comemorar os 80 anos da vitória sobre os nazistas.