Violência contra ativista político é inadmissível
Por O Globo
Assassinato de conservador nos Estados Unidos
é alerta sobre riscos da polarização — também no Brasil
O tiro covarde que matou na quarta-feira o americano Charlie Kirk, ativista de 31 anos que fundou a organização conservadora voltada ao público jovem Turning Point USA, é o episódio mais recente de uma onda de violência política que tem crescido na esteira da polarização ideológica. Kirk viajava os Estados Unidos visitando universidades para promover debates abertos com estudantes do campo oposto. Partidário de Donald Trump desde a primeira hora, era conhecido como provocador e não economizava palavras para atacar seus adversários. Mas, por mais que suas ideias pudessem ser criticáveis, toda a sua ação política se limitava às palavras e ao debate. Era o que fazia na Utah Valley University quando foi alvejado. Seu assassinato deve servir de alerta — e não apenas aos Estados Unidos.