Embora deixe a desejar, novo pacote antifacção é avanço
Por O Globo
Texto endurece legislação, mas não contempla
agência antimáfia e restrição à progressão de regime
Num cenário em que organizações criminosas
dominam vastas extensões do território nacional, expandem-se pela economia
formal e infiltram-se nas instituições, faz-se essencial o conjunto de
propostas legislativas apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança
Pública, Ricardo
Lewandowski. O objetivo é apertar o cerco ao crime organizado, endurecendo
penas e facilitando a investigação. Apesar da iniciativa meritória, porém, o
pacote apresentado por Lewandowski ficou aquém do desejável e do necessário.
Levantamento do GLOBO mostrou que, nas 27 unidades da Federação, atuam pelo menos 64 facções criminosas, algumas com abrangência nacional. A proposta é englobar tais grupos e também milícias num novo tipo penal, a “organização criminosa qualificada”. A pena para quem tentar controlar território com “violência e ameaça” passa a ser de oito a 15 anos de prisão. No caso de homicídios atribuídos às quadrilhas, pode chegar a 30 anos.












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