Clarissa Thomé
Luciano Rezende, do PPS, foi eleito para a prefeitura de Vitória (ES) com
52,73% dos votos ante 42,27% de Luiz Paulo (PSDB). A apuração registrou ainda
2,53% de votos em branco e 4,01% de votos nulos. O comparecimento registrado
pelo Tribunal Superior Eleitoral foi de 78,62%, com 200.758 eleitores indo às
urnas. A abstenção foi de 21,37%, equivalentes a 54.609 eleitores.
A eleição de Rezende garante ao PPS sua única prefeitura entre as capitais.
O resultado também interrompe uma sequência de 24 anos de gestões alternadas do
PT e do PSDB, iniciada com o petista Victor Buaiz em 1989.
A candidata do PT neste ano era Iriny Lopes, ex-ministra da Secretaria de
Políticas das Mulheres. Apoiada pelo atual prefeito, o também petista João
Coser, ela recebeu 18,42% dos votos e ficou de fora do 2.º turno.
Apoiado pelo governador Renato Casagrande (PSB), o novo prefeito derrotou um
antigo aliado. Rezende foi secretário de Saúde durante o mandato de Luiz Paulo,
que governou Vitória entre 1997 e 2004.
Disputa. O Ministério Público eleitoral de Vitória tentou barrar as duas
candidaturas sob o argumento de que tanto Rezende quanto Luiz Paulo teriam
responsabilidade por irregularidades cometidas em 2003 na Secretaria de Saúde
da capital capixaba. A ação, porém, não prosperou na Justiça Eleitoral.
No 1.º turno, Rezende também havia ficado na frente, com 39,14% dos votos.
Luiz Paulo teve 36,69% dos votos. Das 17 capitais que realizaram 2.º turno
ontem, o PSDB tinha candidatos em oito.
A campanha em Vitória teve um tom pesado desde o 1.º turno. Luciano Rezende
afirmou antes da votação do dia 7 que seu adversário seria alcoólatra e viciado
em drogas.
No início da disputa do 2.º turno, Luiz Paulo chegou a levar seus três filhos
à TV para rebater as acusações. O candidato afirmava que haveria uma
"virada" a partir deste momento, o que acabou não se confirmando nas
urnas.
Rezende também acusou Luiz Paulo de ter tentado conseguir apoio de um aliado
seu, o senador Magno Malta (PR). O adversário respondeu que o candidato do PPS
"escondeu" o senador.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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