Chico de Gois * e Gerson Camarotti
DEU EM O GLOBO
Em jantar com aliados de 9 partidos para costurar aliança, ministra diz que legenda é estigmatizada por querer cargos
BELÉM e BRASÍLIA. Mergulhada de cabeça na costura do apoio à sua candidatura à Presidência da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, saiu de jantar na noite de sábado no Pará com o deputado federal peemedebista Jader Barbalho e outros 24 aliados defendendo o PMDB. Para Dilma, o partido - principal parceiro da campanha de 2010, ocupando provavelmente o posto de vice na chapa - é estigmatizado em relação ao apetite por cargos. No encontro, do qual participaram ao todo nove legendas, Dilma citou o PMDB como o principal parceiro do governo, solidário com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra lembrou ainda que o Palácio do Planalto tem retribuído esta solidariedade, em episódios como a defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nos recentes escândalos familiares e da própria Casa.
- Foi um sinal de reciprocidade, entrosamento e solidariedade do governo com o PMDB - enfatizou Dilma, segundo participantes do jantar, em referência ao partido, com o qual o PT vem se desentendendo no Pará.
Guerra entre PT e PMDB no estado preocupa Planalto
Ontem, antes de acompanhar o Círio de Nazaré, ela rebateu críticas sobre o fisiologismo que ditaria as alianças do PMDB:
- Podia fazer um comentário? Sabe o que acontece? Uma coligação tem de ter tempo de amadurecer. E às vezes você tem idas e vindas. Qualquer relação entre pessoas é assim. Acho que estigmatizam muito o PMDB porque o PMDB quer isso, quer aquilo, quer aquilo outro. Acho que ou a gente governa em conjunto ou a gente não governa.
Estiveram no jantar, no Centro de Convenções Hangar, representantes de nove partidos da base aliada: PT, PMDB, PRB, PR, PTB, PDT, PSB, PCdoB, PP e PSC. Muito simpática com todos, a ministra fez questão de fazer referências pessoais aos principais líderes e foi especialmente atenciosa com Jader Barbalho.
- Você não sabe como o conheci. Foi ouvindo você. Foi em 2005, no auge de mensalão, no Palácio da Alvorada. Estava numa sala ao lado e fiquei impressionada com o pragmatismo político e seu conhecimento para enfrentar aquele momento - elogiou Dilma, de acordo com os presentes.
Há forte preocupação no Palácio do Planalto com o clima de guerra entre aliados no plano nacional. Por isso, depois da passagem pela Bahia, onde tentou aproximar os grupos do governador Jaques Wagner (PT) e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), Dilma aproveitou os festejos do Círio de Nazaré para tentar pacificar a disputa entre petistas e peemedebistas no Pará.
O grupo político de Jader ameaça fechar aliança no Pará com o PSDB, desembarcando da candidatura à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT). A ministra apelou a todos os partidos pela unidade em torno do projeto de 2010 no Pará:
- Quem está sentado nesta mesa decidirá a eleição do próximo ano. Se todo mundo estiver junto, já podemos saber qual será o resultado de 2010 - afirmou a ministra, que comeu pato no tucupi.
* Enviado especial
DEU EM O GLOBO
Em jantar com aliados de 9 partidos para costurar aliança, ministra diz que legenda é estigmatizada por querer cargos
BELÉM e BRASÍLIA. Mergulhada de cabeça na costura do apoio à sua candidatura à Presidência da República, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, saiu de jantar na noite de sábado no Pará com o deputado federal peemedebista Jader Barbalho e outros 24 aliados defendendo o PMDB. Para Dilma, o partido - principal parceiro da campanha de 2010, ocupando provavelmente o posto de vice na chapa - é estigmatizado em relação ao apetite por cargos. No encontro, do qual participaram ao todo nove legendas, Dilma citou o PMDB como o principal parceiro do governo, solidário com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra lembrou ainda que o Palácio do Planalto tem retribuído esta solidariedade, em episódios como a defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nos recentes escândalos familiares e da própria Casa.
- Foi um sinal de reciprocidade, entrosamento e solidariedade do governo com o PMDB - enfatizou Dilma, segundo participantes do jantar, em referência ao partido, com o qual o PT vem se desentendendo no Pará.
Guerra entre PT e PMDB no estado preocupa Planalto
Ontem, antes de acompanhar o Círio de Nazaré, ela rebateu críticas sobre o fisiologismo que ditaria as alianças do PMDB:
- Podia fazer um comentário? Sabe o que acontece? Uma coligação tem de ter tempo de amadurecer. E às vezes você tem idas e vindas. Qualquer relação entre pessoas é assim. Acho que estigmatizam muito o PMDB porque o PMDB quer isso, quer aquilo, quer aquilo outro. Acho que ou a gente governa em conjunto ou a gente não governa.
Estiveram no jantar, no Centro de Convenções Hangar, representantes de nove partidos da base aliada: PT, PMDB, PRB, PR, PTB, PDT, PSB, PCdoB, PP e PSC. Muito simpática com todos, a ministra fez questão de fazer referências pessoais aos principais líderes e foi especialmente atenciosa com Jader Barbalho.
- Você não sabe como o conheci. Foi ouvindo você. Foi em 2005, no auge de mensalão, no Palácio da Alvorada. Estava numa sala ao lado e fiquei impressionada com o pragmatismo político e seu conhecimento para enfrentar aquele momento - elogiou Dilma, de acordo com os presentes.
Há forte preocupação no Palácio do Planalto com o clima de guerra entre aliados no plano nacional. Por isso, depois da passagem pela Bahia, onde tentou aproximar os grupos do governador Jaques Wagner (PT) e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), Dilma aproveitou os festejos do Círio de Nazaré para tentar pacificar a disputa entre petistas e peemedebistas no Pará.
O grupo político de Jader ameaça fechar aliança no Pará com o PSDB, desembarcando da candidatura à reeleição da governadora Ana Júlia Carepa (PT). A ministra apelou a todos os partidos pela unidade em torno do projeto de 2010 no Pará:
- Quem está sentado nesta mesa decidirá a eleição do próximo ano. Se todo mundo estiver junto, já podemos saber qual será o resultado de 2010 - afirmou a ministra, que comeu pato no tucupi.
* Enviado especial
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