Folha de S. Paulo
Sigilo, por definição, não é bom ou ruim, mas
demanda critérios para definir em que circunstância e por quanto tempo deve ser
aplicado
Banco lesou muita gente e fez conexões
políticas, o que redobra a exigência de investigação transparente e efetiva
Como envolveria um deputado, a defesa
de Daniel
Vorcaro, do Master,
pediu que investigações sobre o empresário e o banco, que caíram na Justiça
Federal do Distrito Federal, fiquem no STF. O
ministro Dias Toffoli puxou tudo
para a corte, aplicando alto grau de sigilo, do tipo que faz o
processo praticamente desaparecer da cena pública —fica disponível a um número
bem restrito de acessos, que vão depender de autorização e serão monitorados.
Sigilo, por definição, não é bom ou ruim. Uma investigação pode ser mais efetiva nessa condição. Quando o caso envolve criança ou estupro, é apropriado para resguardar a vítima. No extremo oposto, porém, ausência de transparência e de publicidade pode omitir e livrar criminosos. Resguardar a impunidade.



