O Globo
Presidente mistura temas com potencial de
ganho de imagem e votos, como IR e COP, com outros propícios a desgaste, como
segurança e geopolítica continental
Montar uma aliança pela paz, puxando a crise
da segurança para a antessala da Presidência da República; convencer, na base
do gogó, países ricos a tirar o escorpião do bolso e financiar um fundo para a
preservação de florestas; chamar o Banco Central para uma DR e convencê-lo a
começar a baixar os juros e, em meio a tudo isso, pegar um voo até Santa Marta
para prestar solidariedade à Colômbia e à Venezuela diante da escalada de
intervencionismo militar dos Estados Unidos na América do Sul.
A lista de tarefas assumidas por Lula ou que aliados (sic) querem empurrar para ele é maior que a dos trabalhos de Hércules na mitologia grega. Tirando a necessária e auspiciosa liderança na agenda climática, o resto do roteiro inclui uma série de ciladas evidentes e é impossível de cumprir com êxito sem efeitos colaterais para o Brasil e políticos para o petista.







