DEU NO ESTADO DE MINAS
Ex-presidente critica demora do governador José Serra em assumir candidatura à Presidência, afirma que não pretende compor chapa com ele e que ainda vai decidir o seu futuro político
Thiago Herdy
O ex-presidente Itamar Franco (PPS) praticamente descartou ontem a possibilidade de ser vice-candidato à Presidência da República na chapa do governador de São Paulo, José Serra (PMDB). Embora tenha dito que ainda discutirá seu destino político em 2010 com os aliados de seu partido, o ex-presidente foi taxativo quando perguntado sobre a possibilidade de representar Minas Gerais na chapa da oposição nas eleições de outubro: “Não pedi, não penso e não desejo”, disse Itamar, depois de passar quase duas horas reunido com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte.
Itamar voltou a criticar José Serra por ainda não ter se posicionado publicamente a respeito de sua candidatura ao governo federal. Há algumas semanas, Itamar havia dito que, por causa disso, a oposição corria até mesmo o risco de perder as eleições por W.O. “Quem é o candidato do PSDB, eu pergunto aos senhores e senhoras? Temos um candidato? O cidadão, lá, vai ou não vai?”, perguntou aos jornalistas, referindo-se ao governador José Serra. Nos últimos meses, Itamar foi um dos principais defensores da candidatura de Aécio Neves à presidência.
Desde o fim do ano passado, o presidente nacional do PPS, o ex-senador Roberto Freire, defende o nome de Aécio como vice de Serra. As recorrentes negativas do governador mineiro levaram Freire a citar Itamar como eventual plano B para a candidatura, caso a oposição resolva adotar como estratégia a escolha de um nome de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, para integrar a chapa. Embora tenha dito ter grande respeito por Freire, Itamar reclamou da declaração. “Coisa feia, né? Nunca fui, nem vou ser plano B de ninguém”, disse.
Quando perguntado sobre a possibilidade de ser vice-candidato ao governo de Minas, na chapa de Anastasia, ele respondeu com uma careta. Em seguida, deu uma risada irônica sugerindo que não aceitaria a proposta e repetiu seu discurso, dizendo que “vice não se oferece, é escolhido pelo candidato da chapa”. No entanto, quando já estava entrando no carro para deixar o Palácio, perguntaram a Itamar se ele aceitaria ser candidato ao Senado, numa suposta tentativa de “moralização” da Casa Legislativa. O ex-presidente pensou um pouco e respondeu, maroto:
Ex-presidente critica demora do governador José Serra em assumir candidatura à Presidência, afirma que não pretende compor chapa com ele e que ainda vai decidir o seu futuro político
Thiago Herdy
O ex-presidente Itamar Franco (PPS) praticamente descartou ontem a possibilidade de ser vice-candidato à Presidência da República na chapa do governador de São Paulo, José Serra (PMDB). Embora tenha dito que ainda discutirá seu destino político em 2010 com os aliados de seu partido, o ex-presidente foi taxativo quando perguntado sobre a possibilidade de representar Minas Gerais na chapa da oposição nas eleições de outubro: “Não pedi, não penso e não desejo”, disse Itamar, depois de passar quase duas horas reunido com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte.
Itamar voltou a criticar José Serra por ainda não ter se posicionado publicamente a respeito de sua candidatura ao governo federal. Há algumas semanas, Itamar havia dito que, por causa disso, a oposição corria até mesmo o risco de perder as eleições por W.O. “Quem é o candidato do PSDB, eu pergunto aos senhores e senhoras? Temos um candidato? O cidadão, lá, vai ou não vai?”, perguntou aos jornalistas, referindo-se ao governador José Serra. Nos últimos meses, Itamar foi um dos principais defensores da candidatura de Aécio Neves à presidência.
Desde o fim do ano passado, o presidente nacional do PPS, o ex-senador Roberto Freire, defende o nome de Aécio como vice de Serra. As recorrentes negativas do governador mineiro levaram Freire a citar Itamar como eventual plano B para a candidatura, caso a oposição resolva adotar como estratégia a escolha de um nome de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país, para integrar a chapa. Embora tenha dito ter grande respeito por Freire, Itamar reclamou da declaração. “Coisa feia, né? Nunca fui, nem vou ser plano B de ninguém”, disse.
Quando perguntado sobre a possibilidade de ser vice-candidato ao governo de Minas, na chapa de Anastasia, ele respondeu com uma careta. Em seguida, deu uma risada irônica sugerindo que não aceitaria a proposta e repetiu seu discurso, dizendo que “vice não se oferece, é escolhido pelo candidato da chapa”. No entanto, quando já estava entrando no carro para deixar o Palácio, perguntaram a Itamar se ele aceitaria ser candidato ao Senado, numa suposta tentativa de “moralização” da Casa Legislativa. O ex-presidente pensou um pouco e respondeu, maroto:
“Acho que sim”.
No encontro com Aécio, Itamar informou que deixará, em 10 de fevereiro, o Conselho de Administração do BDMG, para decidir seu destino político. “Antes eu estava no banco de reservas e sem chuteira. Agora, calcei a chuteira, vesti o calção e estou pronto para entrar no jogo”, disse o ex-presidente, que pretende discutir sua estratégia para 2010 amanhã, em reunião da Executiva do seu partido, em Belo Horizonte.
VIAGENS
O governador Aécio Neves (PSDB) esteve ontem em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e Caratinga, na Zona da Mata, para inaugurar obras e apresentar à população o vice-governador Antônio Augusto Anastasia, como seu sucessor a partir de abril e seu candidato ao Palácio da Liberdade nas eleições de outubro. Aécio voltou a lembrar que deixará o governo dentro de dois meses para disputar uma vaga no Senado.
Perguntado sobre as representações apresentadas pela direção de seu partido na Justiça Eleitoral, acusando o presidente Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de fazer campanha antecipada ao viajar juntos pelo país para inaugurar obras, o governador não quis entrar em polêmica e despistou. “Essa é uma decisão feita pela direção do partido. Eu não sou da direção nacional do partido. Tem que avaliar. Se se encontrar alguma violação à legislação, é justificável. Não estou nesse acompanhamento diário”, disse Aécio.
O governador disse pedir aos aliados que façam “ação administrativa com todo cuidado”, para não infringir a legislação eleitoral. Lembrou que Anastasia terá ainda mais motivos para viajar pelo estado inaugurando obras, a partir de março, porque ele será obrigado a se desincompatibilizar para concorrer a um cargo eletivo e, por isso, o atual vice assumirá o seu lugar. “Caberá a ele continuar as nossas obras, independentemente da eleição e do próprio resultado eleitoral”, disse.
No encontro com Aécio, Itamar informou que deixará, em 10 de fevereiro, o Conselho de Administração do BDMG, para decidir seu destino político. “Antes eu estava no banco de reservas e sem chuteira. Agora, calcei a chuteira, vesti o calção e estou pronto para entrar no jogo”, disse o ex-presidente, que pretende discutir sua estratégia para 2010 amanhã, em reunião da Executiva do seu partido, em Belo Horizonte.
VIAGENS
O governador Aécio Neves (PSDB) esteve ontem em Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e Caratinga, na Zona da Mata, para inaugurar obras e apresentar à população o vice-governador Antônio Augusto Anastasia, como seu sucessor a partir de abril e seu candidato ao Palácio da Liberdade nas eleições de outubro. Aécio voltou a lembrar que deixará o governo dentro de dois meses para disputar uma vaga no Senado.
Perguntado sobre as representações apresentadas pela direção de seu partido na Justiça Eleitoral, acusando o presidente Lula e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de fazer campanha antecipada ao viajar juntos pelo país para inaugurar obras, o governador não quis entrar em polêmica e despistou. “Essa é uma decisão feita pela direção do partido. Eu não sou da direção nacional do partido. Tem que avaliar. Se se encontrar alguma violação à legislação, é justificável. Não estou nesse acompanhamento diário”, disse Aécio.
O governador disse pedir aos aliados que façam “ação administrativa com todo cuidado”, para não infringir a legislação eleitoral. Lembrou que Anastasia terá ainda mais motivos para viajar pelo estado inaugurando obras, a partir de março, porque ele será obrigado a se desincompatibilizar para concorrer a um cargo eletivo e, por isso, o atual vice assumirá o seu lugar. “Caberá a ele continuar as nossas obras, independentemente da eleição e do próprio resultado eleitoral”, disse.
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