DEU EM O GLOBO
Dilma afirma que documento de petistas não passa de "carta anônima"
Flávio Freire
SÃO PAULO, BRASÍLIA e RIO. Após semanas de críticas ao dossiê que teria sido feito pelo PT contra tucanos, o presidenciável tucano, José Serra, disse ontem não ter se surpreendido com a criação de um novo documento, que também teria sido organizado por petistas, mas agora contra o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Serra já disse, em outras ocasiões, que o PT "tem longa tradição" de produzir dossiês. Após uma caminhada no bairro paulistano da Liberdade, onde vive a maior comunidade japonesa do país, Serra aproveitou para fazer uma defesa veemente do ministro, seu amigo.
No suposto dossiê, segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", uma das filhas do ministro, a modelo Marina Mantega, é acusada de tráfico de influência junto ao vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, que era cotado para assumir a presidência do fundo de pensões Previ. Num dos encontros que teria tido com Caffarelli, Marina teria pedido para que uma dívida da Gradiente fosse renegociada. Ela, que nega as acusações em sua página no Twitter, namora um dos sócios da empresa.
- Não me surpreendi (com o dossiê). Mas quero dizer o seguinte: considero o ministro Guido Mantega um homem honrado, que está no cargo defendendo o interesse público. Quero dar meu testemunho a respeito do Guido Mantega. Ele é um homem correto - disse o tucano.
Pelo Twitter, o deputado federal Ricardo Berzoini, ex-presidente nacional do PT, comentou o caso ontem:
"As especulações maldosas que alguém plantou na Folha (de S. Paulo) não podem ficar sem apuração. Se o BB não apurar, o MP será acionado por mim", escreveu Berzoini, que é citado pelo jornal como suspeito de incentivar a produção do dossiê.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou que as informações contra Mantega não passam de carta anônima:
- Você está chamando uma carta anônima de dossiê? Lamentável carta anônima. Trata-se de uma carta anônima, e como tal não pode ser atribuída a nenhum partido. Eu nunca vi alguém chamar carta anônima de dossiê - disse Dilma, durante entrevista, em visita ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na tarde de ontem.
O candidato do PSDB ao Senado por Minas, Aécio Neves, declarou estar surpreso com a "guerrilha" interna no PT:
- Quanto aos adversários, nós nos acostumamos um pouco com os aloprados, com esses dossiês, mas dentro do próprio partido é surpreendente que essa guerrilha continue.
Já o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que as denúncias não passam de "fofoca".
Em nota, o presidente do PPS, Roberto Freire, comparou o governo à máfia e disse que a chantagem é a moeda de troca do governo Lula: "Os métodos próprios da Cosa Nostra do governo constituem algo de estarrecer", escreveu Freire.
Colaborou: Fábio Vasconcellos
Dilma afirma que documento de petistas não passa de "carta anônima"
Flávio Freire
SÃO PAULO, BRASÍLIA e RIO. Após semanas de críticas ao dossiê que teria sido feito pelo PT contra tucanos, o presidenciável tucano, José Serra, disse ontem não ter se surpreendido com a criação de um novo documento, que também teria sido organizado por petistas, mas agora contra o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Serra já disse, em outras ocasiões, que o PT "tem longa tradição" de produzir dossiês. Após uma caminhada no bairro paulistano da Liberdade, onde vive a maior comunidade japonesa do país, Serra aproveitou para fazer uma defesa veemente do ministro, seu amigo.
No suposto dossiê, segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", uma das filhas do ministro, a modelo Marina Mantega, é acusada de tráfico de influência junto ao vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, que era cotado para assumir a presidência do fundo de pensões Previ. Num dos encontros que teria tido com Caffarelli, Marina teria pedido para que uma dívida da Gradiente fosse renegociada. Ela, que nega as acusações em sua página no Twitter, namora um dos sócios da empresa.
- Não me surpreendi (com o dossiê). Mas quero dizer o seguinte: considero o ministro Guido Mantega um homem honrado, que está no cargo defendendo o interesse público. Quero dar meu testemunho a respeito do Guido Mantega. Ele é um homem correto - disse o tucano.
Pelo Twitter, o deputado federal Ricardo Berzoini, ex-presidente nacional do PT, comentou o caso ontem:
"As especulações maldosas que alguém plantou na Folha (de S. Paulo) não podem ficar sem apuração. Se o BB não apurar, o MP será acionado por mim", escreveu Berzoini, que é citado pelo jornal como suspeito de incentivar a produção do dossiê.
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou que as informações contra Mantega não passam de carta anônima:
- Você está chamando uma carta anônima de dossiê? Lamentável carta anônima. Trata-se de uma carta anônima, e como tal não pode ser atribuída a nenhum partido. Eu nunca vi alguém chamar carta anônima de dossiê - disse Dilma, durante entrevista, em visita ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na tarde de ontem.
O candidato do PSDB ao Senado por Minas, Aécio Neves, declarou estar surpreso com a "guerrilha" interna no PT:
- Quanto aos adversários, nós nos acostumamos um pouco com os aloprados, com esses dossiês, mas dentro do próprio partido é surpreendente que essa guerrilha continue.
Já o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que as denúncias não passam de "fofoca".
Em nota, o presidente do PPS, Roberto Freire, comparou o governo à máfia e disse que a chantagem é a moeda de troca do governo Lula: "Os métodos próprios da Cosa Nostra do governo constituem algo de estarrecer", escreveu Freire.
Colaborou: Fábio Vasconcellos
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