DEU EM O GLOBO
Pré-candidatos à Presidência, Dilma, Marina e Serra participarão de conferência mundial sobre clima
Catarina Alencastro e Soraya Aggege
BRASÍLIA e SÃO PAULO. A conferência de Clima das Nações Unidas será uma grande oportunidade para que pré-candidatos à Presidência ganhem visibilidade com um tema de importância internacional. Até agora, três postulantes ao cargo já confirmaram presença em Copenhague: Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que chefiará a delegação brasileira.
Confortável com o assunto, Marina, ex-ministra do Meio Ambiente, diz que não vai polarizar com o governo, mas também não ficará a reboque. Com agenda própria, a senadora e pré-candidata do PV à Presidência diz que pressionará os países desenvolvidos a se comprometerem com metas.
- Acho que a gente tem que tensionar o debate. Não vamos aceitar essa atitude dos países desenvolvidos - disse Marina, que também cobra que o governo "institucionalize" seu compromisso climático.
Ela participará de eventos paralelos à negociação. Entre os quais um alerta aos governantes sobre a importância de um comprometimento ambicioso dos países ricos em cortar suas emissões. Ela será uma de sete personalidades internacionalmente conhecidas por sua atuação ambiental a pressionar os líderes mundiais.
O evento, que está sendo organizado pela coligação de ONGs ambientalistas Tick, Tick Tick, contará com a presença da queniana Wangari Maathai, ganhadora do prêmio Nobel da Paz por um projeto de reflorestamento, e o arcebispo sul-africano Desmond Tuto.
Para um dos fundadores do PV, o vereador Alfredo Sirkis (RJ), Marina ganhará ainda mais projeção depois de sua participação em Copenhague.
- Ela é uma estrela de brilho próprio. Isso tem que ser potencializado (na campanha) - disse.
O governador José Serra também se prepara para participar das atividades paralelas da conferência mundial do clima em Copenhague. Serra usará como vitrine a Política Estadual de Mudanças Climáticas, legislação sancionada por ele semana passada.
- O governador terá uma agenda ampla. Nossa ideia é que a construção de uma economia verde exige um ativismo do Estado. Há muito conservadorismo e resistências à economia verde e é preciso driblar isso - disse o secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Francisco Graziano.
Até ontem, estava confirmada a participação de Serra, no dia 15, em uma articulação de governadores pelo clima - grupo liderado pelo governador da Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger, de acordo com Graziano.
- Nossa intenção é apresentar a nova legislação estadual, que, ao contrário do que andaram afirmando, não é eleitoreira. Fizeram essa crítica porque a concluímos agora (às vésperas da conferência da ONU), mas na verdade estivemos elaborando essa política nos últimos dois anos. Quem fará palanque em Copenhague é a Dilma (Rousseff), que, embora não seja da área, foi escalada pelo Lula para ir até lá - disse Graziano.
Ainda segundo o secretário, há várias agendas pendentes para o governo paulista na conferência. Uma delas incluiria um convite do Greenpeace para Serra, no espaço das ONGs.
O governo paulista participará de duas articulações principais que atuarão na conferência: uma da rede mundial de cerca de 500 governos regionais para o desenvolvimento sustentável, co-presidida pelo governo paulista, e a articulação de governadores liderada por Schwarzenegger, a Cúpula Global de Governadores Sobre Clima e Floresta, (GGCS2, na sigla em inglês).
Vários outros governadores e prefeitos brasileiros participarão da conferência. Inclusive o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que já foi alvo de pesados ataques de ambientalistas. Ele participa do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, com os outros oito governadores da região. Uma reunião do Fórum ocorre paralelamente à 15ª Conferência Mundial de Mudanças Climáticas (COP 15) da ONU, entre 7 e 18 de dezembro.
Os governadores da região amazônica defendem o pagamento por serviços ambientais prestados e as inclusões de políticas de Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação (REDD). Maggi participa da COP entre os dias 12 a 17 de dezembro. O governo de Mato Grosso está construindo uma proposta conjunta com algumas ONGs, o que pretende ser o primeiro modelo de REDD.
Um dos articuladores da participação dos governos locais, o escritório brasileiro do ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade (associação internacional de governos locais e organizações governamentais criada na ONU) organiza uma delegação com cerca de 30 estados e municípios para a conferência. As prefeituras de São Paulo e do Rio já acertaram suas delegações com a entidade, assim como os governos de Mato Grosso, Pernambuco e Bahia.
Pré-candidatos à Presidência, Dilma, Marina e Serra participarão de conferência mundial sobre clima
Catarina Alencastro e Soraya Aggege
BRASÍLIA e SÃO PAULO. A conferência de Clima das Nações Unidas será uma grande oportunidade para que pré-candidatos à Presidência ganhem visibilidade com um tema de importância internacional. Até agora, três postulantes ao cargo já confirmaram presença em Copenhague: Marina Silva (PV), José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), que chefiará a delegação brasileira.
Confortável com o assunto, Marina, ex-ministra do Meio Ambiente, diz que não vai polarizar com o governo, mas também não ficará a reboque. Com agenda própria, a senadora e pré-candidata do PV à Presidência diz que pressionará os países desenvolvidos a se comprometerem com metas.
- Acho que a gente tem que tensionar o debate. Não vamos aceitar essa atitude dos países desenvolvidos - disse Marina, que também cobra que o governo "institucionalize" seu compromisso climático.
Ela participará de eventos paralelos à negociação. Entre os quais um alerta aos governantes sobre a importância de um comprometimento ambicioso dos países ricos em cortar suas emissões. Ela será uma de sete personalidades internacionalmente conhecidas por sua atuação ambiental a pressionar os líderes mundiais.
O evento, que está sendo organizado pela coligação de ONGs ambientalistas Tick, Tick Tick, contará com a presença da queniana Wangari Maathai, ganhadora do prêmio Nobel da Paz por um projeto de reflorestamento, e o arcebispo sul-africano Desmond Tuto.
Para um dos fundadores do PV, o vereador Alfredo Sirkis (RJ), Marina ganhará ainda mais projeção depois de sua participação em Copenhague.
- Ela é uma estrela de brilho próprio. Isso tem que ser potencializado (na campanha) - disse.
O governador José Serra também se prepara para participar das atividades paralelas da conferência mundial do clima em Copenhague. Serra usará como vitrine a Política Estadual de Mudanças Climáticas, legislação sancionada por ele semana passada.
- O governador terá uma agenda ampla. Nossa ideia é que a construção de uma economia verde exige um ativismo do Estado. Há muito conservadorismo e resistências à economia verde e é preciso driblar isso - disse o secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Francisco Graziano.
Até ontem, estava confirmada a participação de Serra, no dia 15, em uma articulação de governadores pelo clima - grupo liderado pelo governador da Califórnia (EUA), Arnold Schwarzenegger, de acordo com Graziano.
- Nossa intenção é apresentar a nova legislação estadual, que, ao contrário do que andaram afirmando, não é eleitoreira. Fizeram essa crítica porque a concluímos agora (às vésperas da conferência da ONU), mas na verdade estivemos elaborando essa política nos últimos dois anos. Quem fará palanque em Copenhague é a Dilma (Rousseff), que, embora não seja da área, foi escalada pelo Lula para ir até lá - disse Graziano.
Ainda segundo o secretário, há várias agendas pendentes para o governo paulista na conferência. Uma delas incluiria um convite do Greenpeace para Serra, no espaço das ONGs.
O governo paulista participará de duas articulações principais que atuarão na conferência: uma da rede mundial de cerca de 500 governos regionais para o desenvolvimento sustentável, co-presidida pelo governo paulista, e a articulação de governadores liderada por Schwarzenegger, a Cúpula Global de Governadores Sobre Clima e Floresta, (GGCS2, na sigla em inglês).
Vários outros governadores e prefeitos brasileiros participarão da conferência. Inclusive o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, que já foi alvo de pesados ataques de ambientalistas. Ele participa do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, com os outros oito governadores da região. Uma reunião do Fórum ocorre paralelamente à 15ª Conferência Mundial de Mudanças Climáticas (COP 15) da ONU, entre 7 e 18 de dezembro.
Os governadores da região amazônica defendem o pagamento por serviços ambientais prestados e as inclusões de políticas de Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação (REDD). Maggi participa da COP entre os dias 12 a 17 de dezembro. O governo de Mato Grosso está construindo uma proposta conjunta com algumas ONGs, o que pretende ser o primeiro modelo de REDD.
Um dos articuladores da participação dos governos locais, o escritório brasileiro do ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade (associação internacional de governos locais e organizações governamentais criada na ONU) organiza uma delegação com cerca de 30 estados e municípios para a conferência. As prefeituras de São Paulo e do Rio já acertaram suas delegações com a entidade, assim como os governos de Mato Grosso, Pernambuco e Bahia.
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