DEU EM O GLOBO
Pré-candidato do PSDB à Presidência conversa com Mantega e agradece por programa de ajuste fiscal
Sérgio Roxo
SÃO PAULO. Um dia depois de fazer críticas veladas ao governo Lula no discurso de balanço da sua gestão, o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, elogiou ontem o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O tucano chegou a conversar por telefone com Mantega, diante de jornalistas, durante cerimônia em que assinou os termos de um novo programa de ajuste fiscal que permitirá ao estado obter mais R$ 3,3 bilhões em financiamentos para obras.
O documento foi assinado também pelo ministro da Fazenda, em Brasília. Apontando para o vice-governador Alberto Goldman, que tomará posse em seu lugar, Serra, com o telefone na mão, disse: — (Mantega) Está dizendo que continua assim com você, que pode contar com ele.
— São Paulo agradece — respondeu Goldman.
A frase foi repetida por Serra para o ministro da Fazenda.
Depois de desligar o telefone, Serra afirmou: — Quero dizer também, a propósito do que estava agradecendo ao Guido (Mantega), que a relação com o Ministério da Fazenda ao longo do nosso governo foi sempre muito correta, muito positiva, responsável, séria, sem qualquer espécie de interferência política. Quero registrar aqui que, nesse agradecimento que fiz a ele e ao presidente da República, evidentemente ao qual ele (Mantega) é subordinado, fui muito sincero, — disse o pré-candidato do PSDB.
Em seguida, perguntaram a Serra se com as outras áreas do governo federal a relação não era boa. Ele sorriu e não respondeu, mas lembrou da postura do Ministério da Fazenda também na venda da Nossa Caixa para o Banco Brasil, outra operação que permitiu ao estado obter mais recursos para obras.
Quarta-feira, no balanço da gestão, Serra disse que governo tem que ter honra e caráter.
Afirmou que a sua gestão não cultivou roubalheiras e escândalos, num discurso que pode ser entendido como uma contraposição a casos como o do mensalão no governo federal.
Os R$ 3,3 bilhões em financiamentos devem ser investidos na construção do Trecho Norte do Rodoanel e na construção de um sistema de monotrilho que permitirá a ligação da rede de metrô da capital paulista ao estádio do Morumbi. A segunda obra faz parte do pacote do estado para a Copa do Mundo de 2014.
Na rua, comportamento típico de candidato Depois de participar de assinatura do ajuste fiscal do estado, o pré-candidato do PSDB visitou o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) na Favela de Heliópolis, maior da capital paulista. No local, teve um comportamento típico de candidato.
Filmado por um equipe de televisão que presta serviço ao governo estadual e com um microfone preso à gravata, Serra cumprimentou funcionários e pacientes.
Para puxar o assunto perguntava o bairro em que a pessoa mora ou time de futebol para que torce. Também fez perguntas sobre a qualidade do atendimento na AME.
Depois de deixar a AME, Serra afirmou que a sua próxima atividade seria “empacotar” a mudança da sede do governo paulista, o Palácio dos Bandeirantes, para a casa que mantém no Alto de Pinheiros, bairro da Zona Oeste da capital paulista.
E disse que planeja descansar antes da festa de lançamento de sua candidatura no próximo dia 10, em Brasília.
Pré-candidato do PSDB à Presidência conversa com Mantega e agradece por programa de ajuste fiscal
Sérgio Roxo
SÃO PAULO. Um dia depois de fazer críticas veladas ao governo Lula no discurso de balanço da sua gestão, o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, elogiou ontem o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O tucano chegou a conversar por telefone com Mantega, diante de jornalistas, durante cerimônia em que assinou os termos de um novo programa de ajuste fiscal que permitirá ao estado obter mais R$ 3,3 bilhões em financiamentos para obras.
O documento foi assinado também pelo ministro da Fazenda, em Brasília. Apontando para o vice-governador Alberto Goldman, que tomará posse em seu lugar, Serra, com o telefone na mão, disse: — (Mantega) Está dizendo que continua assim com você, que pode contar com ele.
— São Paulo agradece — respondeu Goldman.
A frase foi repetida por Serra para o ministro da Fazenda.
Depois de desligar o telefone, Serra afirmou: — Quero dizer também, a propósito do que estava agradecendo ao Guido (Mantega), que a relação com o Ministério da Fazenda ao longo do nosso governo foi sempre muito correta, muito positiva, responsável, séria, sem qualquer espécie de interferência política. Quero registrar aqui que, nesse agradecimento que fiz a ele e ao presidente da República, evidentemente ao qual ele (Mantega) é subordinado, fui muito sincero, — disse o pré-candidato do PSDB.
Em seguida, perguntaram a Serra se com as outras áreas do governo federal a relação não era boa. Ele sorriu e não respondeu, mas lembrou da postura do Ministério da Fazenda também na venda da Nossa Caixa para o Banco Brasil, outra operação que permitiu ao estado obter mais recursos para obras.
Quarta-feira, no balanço da gestão, Serra disse que governo tem que ter honra e caráter.
Afirmou que a sua gestão não cultivou roubalheiras e escândalos, num discurso que pode ser entendido como uma contraposição a casos como o do mensalão no governo federal.
Os R$ 3,3 bilhões em financiamentos devem ser investidos na construção do Trecho Norte do Rodoanel e na construção de um sistema de monotrilho que permitirá a ligação da rede de metrô da capital paulista ao estádio do Morumbi. A segunda obra faz parte do pacote do estado para a Copa do Mundo de 2014.
Na rua, comportamento típico de candidato Depois de participar de assinatura do ajuste fiscal do estado, o pré-candidato do PSDB visitou o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) na Favela de Heliópolis, maior da capital paulista. No local, teve um comportamento típico de candidato.
Filmado por um equipe de televisão que presta serviço ao governo estadual e com um microfone preso à gravata, Serra cumprimentou funcionários e pacientes.
Para puxar o assunto perguntava o bairro em que a pessoa mora ou time de futebol para que torce. Também fez perguntas sobre a qualidade do atendimento na AME.
Depois de deixar a AME, Serra afirmou que a sua próxima atividade seria “empacotar” a mudança da sede do governo paulista, o Palácio dos Bandeirantes, para a casa que mantém no Alto de Pinheiros, bairro da Zona Oeste da capital paulista.
E disse que planeja descansar antes da festa de lançamento de sua candidatura no próximo dia 10, em Brasília.
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