Presidente da Venezuela acusou líder panamenho de ser 'lacaio do imperialismo'
Reuters
PANAMÁ - O governo do Panamá afirmou na quarta-feira que são "ofensas inaceitáveis" as acusações utilizadas pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, como argumento para romper relações diplomáticas com o país centro-americano. A decisão foi anunciada ontem durante a cerimônia de aniversário de um ano do presidente Hugo Chávez.
"Rejeitamos como inaceitáveis as ofensas proferidas pelo presidente Nicolás Maduro contra nosso país e sua mais alta autoridade", disse o governo do Panamá em um comunicado. O presidente panamenho, Ricardo Martinelli, lamentou a decisão por meio de sua conta no Twitter. "Decisão surpreendente do governo da Venezuela", escreveu . "O Panamá só anseia que esse país irmão encontre a paz e fortaleça a sua democracia."
Maduro acusa o Panamá de "conspirar" contra seu governo para justificar uma intervenção estrangeira na Venezuela."Decidi romper relações políticas e diplomáticas com o governo atual do Panamá e congelar todas as relações comerciais e econômicas a partir deste momento em defesa da soberania de nosso país", disse Maduro. "Não vamos permitir que ninguém se meta impunemente com nossa pátria, lacaio rastejante presidente do Panamá"
Martinelli pediu uma reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a violência durante os protestos antigovernamentais que deixaram 18 mortos na Venezuela.
A Venezuela realiza parte de suas importações por meio das zonas francas do Panamá. Uma interrupção do comércio poderia agravar o desabastecimento do país de 29 milhões de pessoas. A escassez de dólares deixou os importadores venezuelanos endividados com seus fornecedores no Panamá nos últimos meses.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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