Ex-governador de SP disse que órgão 'foi contaminado pela síndrome da inépcia total do governo Dilma'
Circe Bonatelli - Agência Estado
O ex-governador de São Paulo e candidato na última eleição para Presidência da República, José Serra (PSDB), fez duras críticas ao governo federal e ao Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) pelos dados errados divulgados na pesquisa sobre a violência contra as mulheres. "É o efeito contágio", disparou, em mensagem publicada hoje em redes sociais.
O Ipea é ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. Na opinião de Serra, o instituto manteve um padrão mínimo de seriedade e competência nas décadas passadas, independentemente dos governos no poder. No entanto, "começou a ser degradado e aparelhado na era petista" acusou o tucano. "Agora, foi contaminado pela síndrome da inépcia total do governo Dilma", completou.
As críticas foram feitas após o Ipea informar que 65% dos brasileiros concordam, total ou parcialmente, com a afirmação de que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". No entanto, o dado correto é 26%. A pesquisa gerou repercussão no Brasil, com depoimentos da própria presidente Dilma Rousseff condenando o machismo e a violência contra as mulheres.
"Isso foi divulgado e gerou declarações, artigos, até discursos indignados pelo machismo da população brasileira. Confesso que não acreditei nos números. Achei que a pesquisa tinha sido mal feita. E foi", criticou Serra. "Erraram nos gráficos, nas perguntas e na amostragem."
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